Manual CMC para Mulheres - Capítulo 5

Capítulo 5

"Agora sim, conte!"

  

Chegamos ao último capítulo do “Módulo A – Preparando a Armadilha”. Até aqui sempre enfatizei o caso de a mulher ter gostado da ideia, quer praticar, e está disposta a enfrentar o desafio de conquistar o seu parceiro para a prática. Pelo menos para experimentar.

Considerando que você, mulher, não pulou nenhuma etapa dos capítulos anteriores, começo agora a te dar opções de como fazer para revelar finalmente sua intenção de controlar os orgasmos dele.

Espero que tenha ficado mais do que claro, que sua intenção não é proibir os orgasmos dele. A prática se chama Castidade Masculina, não Castração. Um castrado não sente qualquer impulso sexual, muito menos orgasmos. No caso da Castidade é o contrário. O impulso dele por sexo será muito maior, com a diferença apenas que a frequência dos orgasmos dele será reduzida e conduzida somente por você.

Para revelar sobre sua intenção, três perguntas básicas devem ser respondidas: Quando falar? O que falar? Como falar? Espero que eu possa passar dicas perfeitas para o seu caso. Use-as como guia, não como molde.

QUANDO FALAR?

Por incrível que possa parecer, eu julgo essa questão mais importante das três. Mas importante do que ‘o que falar’ e ‘como falar’ é saber o momento certo. Depois de uma ou mais sessões do ‘passa-anel’ (Troca de Mão) e outras brincadeiras que você tenha visto em outros sites, espere para revelar em um momento crucial. Aquele momento em que vocês estão a sós, com tempo suficiente, de preferência na cama, seminus ou nus, com ele excitado. Então, comece a falar com ele sobre os últimos acontecimentos na cama. Lembre-o das coisas que você fez com ele estando com as mãos amarradas na cabeceira. Lembre-o de como você o chupou gostoso depois que ele aceitou deixar você ficar por cima, ou gozar primeiro que ele, recebendo um sexo oral nas preliminares. Lembre-o da lingerie especial que você vestiu pra ele uma outra noite, só pelo fato de ele ter te acompanhado em todas as lojas do shopping carregando as suas bolsas de compras, ao invés de ir ao futebol que estava marcado com os amigos, ou a cervejada no bar. 

Nesse momento, espere uma confissão. Uma confirmação verbal de que ele se excitou em sentir-se submisso, ou que gostou de deixa-la mandar no sexo, qualquer coisa nesse sentido. Um simples acendo de ‘sim’ com a cabeça se você perguntar se ele gosta de ser dominado. Então, essa é a deixa:

COMO FALAR?

  Essa eu até já respondi, mas não custa explicar de novo. Homens são movidos pelo tesão. Desde a pré-história. Então, use essa nossa ‘fraqueza’ masculina ao seu favor: no momento certo, falando a coisa certa, fale da forma mais convincente segura e erótica que puder. De preferência, durante uma nova sessão de ‘passa-anel’. Enquanto você o ‘tortura’ com as carícias enlouquecedoras das suas mãos, aproveite para perguntar tudo aquilo que eu escrevi no “quando falar” e mais um pouco. Esteja de preferência maquiada, de lingerie do tipo que ele mais gosta, e que ele esteja bem excitado. Não tem melhor forma para convencer um homem de algo assim, se não for sedutora e sutilmente dominadora. Use uma fala mais arrastada mais ofegante. Use as risadinhas insinuantes ao término de cada frase mais indireta. Ah, você já entendeu.

“Você gosta dessa camisolinha, né? Eu sei disso...rsrsrs”

O QUE FALAR?

Essa é a mais simples de ser respondida. Não tem muito para onde fugir. Depois de submetê-lo a todos os testes ensinados nos capítulos anteriores, e você ter constatado que há uma chance verdadeira de ele aceitar que vocês experimentem uma situação onde só você pode permitir que ele atinja o orgasmo, é a hora de abrir o verbo. Perceba que eu julgo três delas como revelações que você precisa fazer e outras que você pode fazer. Mas, está ao seu critério, como tudo o que eu escrevi nesse manual. A intenção é dar uma direção:

1) Você precisa dizer que quer experimentar a sensação de controlar os orgasmos dele por um tempo maior. Comece dizendo que por uma noite (deixando ele gozar pela manhã depois de uma noite de prazer – seu). Nem que seja só pra isso mesmo: experimentar. E que dependendo do quanto você gostar esse tempo vai aumentar aos poucos.

2) Você precisa dizer que ele tem que respeitar o seu controle. Que o seu ‘não’, de fato é ‘não. Que se ele quiser mesmo que você continue fazendo tudo aquilo que ele gostou nos últimos dias, em troca ele tem que se manter sem gozar sozinho, ou seja, sem masturbação.

3) Você precisa dizer que ele vai ficar mais tempo sem gozar do que gostaria, que a frequência dos orgasmos dele vai diminuir, e que isso vai aumentar o tesão dele por você.  

4) Você pode dizer que isso te excita, e é exatamente por causa dessa vontade que você tem feito aquilo tudo com ele nesses últimos dias.

5) Você pode que ele vai ficar ainda mais excitado do que ficou quando você fez o ‘passa-anel’, porque ele vai estar a mais tempo sem gozar.

6) Você pode dizer que descobriu isso como uma forma de tornar a relação íntima de vocês ainda mais erótica, e que isso te deixa tão excitada que está disposta a ser ainda mais ‘safadinha’ com ele.

Eu creio que essa seja a base do ‘O que dizer’. Bem resumido. Serve como um roteiro. Ao dizer essas coisas, perceba a reação dele. Tente verificar se ele se excita com essas suas ‘imposições’ eróticas. Se você perceber que sim....

BINGO! Ele praticamente caiu na sua rede!!!

Dependendo da segurança que você sentir, continue sua fala, dessa vez passando a perguntar:

7) “O que você acha da ideia de eu trancar você em um cinto de castidade? Um que eu vou trancar e só abrir quando eu quiser que você goze?”

Mais uma vez, perceba mais a reação dele do que a resposta verbal em si. Ele pode dizer “Você ficou maluca!?” Mas o corpo dele pode estar dizendo: “Estou morrendo de tesão em ouvir essa proposta tão maluca!!” Se de fato, depois de experimentar tudo até agora, ele ainda sim se assustar e afirmar um intempestivo ‘JAMAIS’, lamento te dizer, mas muito provavelmente vai ser bem difícil que ele aceite. 

Porém, a esperança pode não estar totalmente perdida. Se ele chegou até aqui, sua sedução pode perdurar por mais tempo, e você aumentar a intensidade da sua ousadia e safadeza. E quando você sentir de novo, dias depois, que é a hora, proponha novamente, dizendo: 

8) “É uma pena você não querer deixar eu trancar esse seu pau desobediente. Eu adoraria poder te soltar quando eu quisesse e te dar orgasmos incríveis. Deixar você babando por mim ainda mais...” 

E com isso, ressuscita-se a ideia, para ver a nova reação. Dependendo de como você foi capaz de envolve-lo na sua rede de sedução dominadora, é possível que ele ceda e aceite experimentar, uma hora ou outra.

Então é isso. Tenho receio de escrever ainda mais, e acabar te tirando a sua naturalidade. Eu apenas te dei uma direção. É você, Honrada Dama, que deve preparar sua forma especial de abordar o assunto com ele, conforme você conhece a personalidade.

Para o caso de, mesmo com todo o esforço, ele vier a rejeitar a ideia de usar o cinto, tente ainda convencê-lo a experimentar SEM o uso do cinto, mesmo que você não tenha certeza absoluta se durante o tempo estabelecido (uma noite, ou 24 horas, por exemplo) ele não tenha trapaceado e se masturbado escondido. Se ele aceitar, e prometer que não vai se tocar mesmo estando sem cinto, é um bom começo. Ele pode aceitar usar o cinto no futuro, passando a achar essa ideia atraente, depois que sentir o que é estar com seus orgasmos controlados por horas ou até mesmo dias. 

Como eu disse, muitos casais praticam a CM assim a anos, sem o uso de nenhum cinto de castidade.

Se nem isso ele quiser, e rejeitar qualquer hipótese de ter seus orgasmos impedidos pelo tempo que você quiser, aconselho a não brigar. Mas também não precisa esconder que ficou decepcionada. Não tem o que fazer, respeite a vontade dele. 

Lembre-se: tudo deve ser consensual. Mas aconselho a não mais recompensá-lo com todo esse esforço que você dedicou a ele nas últimas semanas. Pessoalmente, considero um homem que não dá ao menos uma chance à sua amada, depois de receber tanta atenção erótica, no mínimo pouco dotado de inteligência. E volte a ser como era, enquanto ele não vier conversar sobre o assunto, quem sabe, disposto a mudar de ideia, por estar com saudade daquela mulher diferente, poderosa e ousada, que voltou a ser a ‘mulher de sempre’, depois que ele negou o seu pedido. 

Para o caso de ele ter aceitado ficar em castidade, quer seja com ou sem o uso do cinto, e quem sabe até com muito menos esforço do que o recomendado até aqui, ficam os meus mais sinceros parabéns, e um singelo convite a continuar lendo, para que você tenha uma boa base de como proceder, agora que o ‘passarinho’ dele está disposto a conhecer uma nova vida feliz e segura dentro de uma ‘gaiolinha’. Da qual só você tem a chave.

Fim do módulo A.

MÓDULO B (em breve)

Índice com todos os capítulos