Beabá
“O que é Castidade Masculina?”
Se este manual chegou até os seus olhos, é porque provavelmente você ouviu falar de uma tal de prática íntima chamada “Castidade Masculina”. Alguém te indicou o link, ou você o acessou direto no blog Castidade Masculina Controlada, ou outro site. Acertei?
Seja por qual razão for, eu posso apostar que sua curiosidade é grande. Algumas perguntas inquietantes podem estar na sua cabeça: “É sadomasoquismo? Vou ter que me vestir com aquelas roupas esquisitas? Vou ‘efeminar’ meu marido?”
Nada disso é necessário! E para quem nunca teve contato com nada parecido, eu acho até que é informação demais. Vamos focar no tema do livro, não é melhor? A principal pergunta a ser respondida nesse momento é:
“AFINAL, O QUE É CASTIDADE MASCULINA?”
Bem, aqui vai a resposta mais resumida possível: a Castidade Masculina é uma prática íntima, erótica, provocante e divertida na qual a mulher, durante momentos de intimidade com o seu parceiro, simplesmente controla quando e se ele vai poder gozar (chegar ao orgasmo), aproveitando o poder que isso proporciona a ela para a diversão de ambos. Resumindo, é isso.
No entanto, essa prática é mais normalmente conhecida por sua relação com o uso por parte do homem dos modernos, seguros, higiênicos e eficazes ‘cintos de castidade masculina’. Duvida? Pesquisa no ‘google imagens’. Digita lá ‘cinto de castidade masculina’, com certeza alguns modelos vão aparecer. Mas não se assuste, nem tome como verdade alguns absurdos perversos que aparecem na internet relacionados com esse assunto.
O uso do cinto de castidade tem a finalidade de ao menos desencorajar a ereção plena e o estímulo direto no pênis do parceiro, de forma a evitar ao máximo que ele se masturbe e consiga chegar ao orgasmo, pelo tempo em que a mulher (que é a dona da chave que tranca esse cinto de castidade) queira mantê-lo trancado.
O uso do cinto não é uma imposição. Mesmo sem ele, é possível praticar a Castidade Masculina. Como veremos no capítulo 10, como forma de experiência inicial e treino, recomenda-se praticar a castidade sem o uso de cinto, para verificar se há mesmo interesse pela prática, de forma a fazer valer a pena investir na compra de um. Arrisco dizer que muitos casais praticam a CM durante um bom tempo sem o uso de nenhum cinto. O que é possível, desde que o homem tenha muita força de vontade em resistir à tentação da masturbação, e que sua mulher confie em sua honestidade.
Chegamos nesse assunto: masturbação do homem. Eu arrisco sugerir até mesmo que você tenha encontrado esse manual no meu blog, depois de digitar no google algo como “Meu marido se masturba, mesmo eu querendo sexo”, ou algo nesse sentido. De fato, no meu blog existe uma página chamada Meu Marido se Masturba, onde eu explico com mais detalhes o porquê isso acontece.
Mas você sabia que 99,99% dos homens saudáveis se masturbam com mais ou menos frequência, mesmo casados ou em relação estável? E que é esse justamente o principal motivo que faz com que muitos deles diminuam o interesse íntimo pelas suas mulheres ao longo dos anos de relação? Saber que ele se masturba pode te deixar triste, ou revoltada, se sentindo traída. Totalmente compreensível, até porque você tem razão em se sentir assim.
Porém, saiba que apesar de considerar inaceitável, isso é muitíssimo comum. A diferença está em como você quer lidar com isso. Te adianto que brigar não é a melhor solução.
A Castidade Masculina, depois de estabelecida, pode levar o homem a diminuir, ou quem sabe até a extinguir o hábito de se masturbar, fazendo com que foque o seu ímpeto sexual somente em sua mulher. Isso torna o relacionamento ainda melhor do que era no início de tudo, quando o romantismo e o cortejo eram abundantes. Isso porque a busca pelo orgasmo é algo constante na vida de um homem, e se isso depende de algo para acontecer, é a esse “algo” que ele vai se dedicar.
“Tá bom Squal, mas eu preciso alterar minha forma de me relacionar com meu namorado?” (Leitora fictícia)
A resposta é: Não! Bem... sim, mas somente naquilo que for absolutamente necessário para que vocês pratiquem da forma como for melhor para vocês. Nenhuma mudança grande precisa ser feita na relação. A rotina de vocês como casal, diante dos parentes, amigos, filhos, trabalho, etc. pode continuar sendo exatamente como sempre foi. Essa é uma vantagem da Castidade Masculina. Praticada na intimidade, absolutamente NINGUÉM, precisa ficar sabendo. É claro que algumas mudanças naturais no tratamento entre vocês dois podem ocorrer. Primeiro, se seu parceiro aceitar experimentar, e felizmente vier a gostar, você vai perceber uma mudança (para melhor) no comportamento dele. Por saber que você é a única que pode liberá-lo para lhe fornecer aquilo que tanto deseja (orgasmo), acostume-se em receber mimos, paparicos, bajulas, cartinhas, carinhos e juras de amor, talvez com uma frequência que chega a beirar o enfadonho (o que pode ser amorosamente corrigido por você, sem nenhum problema). E não é exatamente sobre a falta disso que a maioria das mulheres, com uma relação mais duradoura, se queixa? Que o marido ou namorado ou companheiro perdeu o impulso em agradá-las ao longo dos anos de desgaste na relação? Talvez, mesmo com todo o esforço, as mudanças que ocorrerem vão te mostrar que o saldo foi muito positivo no fim das contas.
“Squal, mas eu não quero ficar sem sexo! Eu sou uma mulher fogosa demais pra deixar meu marido preso em um cinto de castidade”. (Letícia, 27 anos)
Eu acho interessante esclarecer e reforçar bem que a castidade é MASCULINA! A mulher pode e DEVE ter prazer e orgasmos sempre que desejar!
A Castidade Masculina busca dar à mulher o poder de prorrogar o orgasmo do parceiro até o momento em que ela achar que é o momento certo. Isso evita que ele desperdice a energia dele inteira, com o vício da masturbação solitária.
A Castidade Masculina absolutamente NÃO tem a intenção de diminuir o sexo, muito menos o prazer da mulher! Ela foi idealizada justamente para a finalidade contrária: dar a primazia do prazer à mulher! Por exemplo:
- Esse fim de semana você quer sexo tanto no sábado quanto no domingo? Então solte-o no sábado e no domingo, e faça um sexo bem gostoso, depois tranque de novo, até a quarta, quando você estará de novo com vontade de ser penetrada.
- Está no período menstrual e vai durar uns 8 dias? Deixe ele preso os oito dias e solte no 9º dia! Afinal, ele de fato não precisa do ‘piupiu’ dele duro, se você não está disponível nem disposta para o sexo nesses dias, concorda?
- Hoje você quer chegar a um orgasmo delicioso, só com ele te fazendo um sexo oral, enquanto o mantem trancado? Ora, mande que ele te faça gozar só usando a boca e os dedos, depois de uma bela massagem relaxante!
No final, só você, mulher vai poder gozar quando quiser. E da forma como quiser. E ele, só se e quando você quiser. Ou seja, põe a mulher como a referência para ditar o ritmo do sexo, seja ela mais ‘fogosa’ ou mais ‘sossegada’. E ainda por cima, reverte para ela a possibilidade de gozar sem que o parceiro goze, coisa que normalmente ocorre ao contrário, quando o homem tem a primazia machista.
Eu aposto que quando você perceber que ele fica ainda melhor comportado conforme os dias se passam, e ele está a mais tempo preso, você vai passar a gostar de deixa-lo preso mais e mais tempo, e ele vai aprendendo a te dar prazer de inúmeras formas diferentes, além da penetração em si. E acredite, isso pode dar a ele muito prazer também, ainda que vez ou outra ele não goze com a mesma frequência que você.
“Squal, mas nós temos filhos. Como eles vão encarar isso?” (Leitora fictícia)
Como eu disse, a prática pode ficar restrita à intimidade de vocês, e DEVE ser mantida fora do conhecimento das crianças. Com o devido cuidado e a mudança de possíveis rotinas que vocês possam ter, eles nunca tomarão conhecimento sobre isso (a não ser que a mamãe queira presentear a filha com esse livro antes de ela ir para o altar, daqui a uns 15 ou 20 anos, quem sabe? Creio que o papai jamais vai saber, só ela e talvez o genro, rsrsrs).
“Mas Squal, eu até que gostei da ideia de controlar ele no sexo. Mas fora do quarto, eu vou mandar nele também? Eu não gostaria de ter que assumir as decisões da vida, trabalho, finanças, etc. Vou ter que ser a chefe da casa? Ele vai virar uma espécie de capacho, ou pau-mandado?”
Thaís, 35 anos
Não a esse ponto. Ele vai estar mais inclinado a atender suas necessidades, em decorrência dos prazeres da Castidade Masculina. Mas nenhuma mudança drástica precisa ocorrer. Se é ele quem toma a maioria das decisões na casa, isso muito provavelmente vai continuar ocorrendo, com leves mudanças a seu favor. Apesar de existir sim uma dose considerável de dominância da mulher em relação ao homem, no aspecto sexual, nas outras áreas do relacionamento o homem pode continuar desempenhando o seu papel normalmente, da forma como vocês sempre viveram, com a vantagem de ele naturalmente passar a ceder mais durante um impasse, e se preocupar mais com seus sentimentos, anseios e desejos. Podemos chamar isso de ‘Domínio Sutil’, ou ‘Primazia da Mulher’. Ele ‘acha que manda’ e você ‘finge que obedece’. No fim, é você que está tendo seu interesse atendido na maior parte do tempo.
No livro “How To Set na FLR”, a escritora Mistress Ivey mostra 4 formas básicas de divisão de poder entre o casal, de um nível mais igualitário para um mais diferenciador:
1) cooperativo: ambos os parceiros têm igualdade de opinião em tudo o que acontece. Por exemplo, nenhum dos parceiros sai para comprar um carro sem consultar o outro.”
2) democrático: Nesse tipo de relação, um dos parceiros (chame ele/ela, o Líder) tem certos poderes de tomada de decisão, e normalmente segue inquestionável. Enquanto outras decisões requerem consulta entre ambos os parceiros (líder e seguidor). Retomando o nosso exemplo do carro novo, ambas as partes devem certamente concordar que um carro novo é necessário, mas a decisão sobre o que fazer e o modelo fica a critério do(a) parceiro(a) dominante (o/a líder).”
3) tripulação de Navio: Neste tipo de relacionamento, o(a) parceiro(a) dominante (o(a) capitão(ã)) faz a maioria das decisões sem consultar o outro (o imediato). Ele ou ela vão lidar mais definitivamente com as finanças e, quando há uma grande despesa (como um carro novo), consulta o imediato. O imediato só dá a sua opinião quando é solicitado(a). É o trabalho do imediato apontar alternativas, mas o(a) capitão(ã) tem a palavra final.”
4) ditatorial: Esse tipo de relacionamento é também chamado de estilo Mestre/escrava (ou Senhora/escravo). Como qualquer ditadura no mundo, o(a) ditador(a) está totalmente no comando. Ele(a) faz qualquer coisa que queira e tudo é sujeito à sua vontade. Todo o dinheiro é controlado pelo(a) ditador(a), e tudo mais também.”
Como vimos, normalmente a relação se encontra classificada entre o tipo 2 e 3, na maioria das questões, e por vezes no tipo 1 para outras. Varia bastante de casal para casal. Agora do tipo 4 é mais raro encontrar. É comum nos relacionamentos inseridos em um contexto BDSM (Bondage Disciplina Sadismo Masoquismo)
“Interessante, Squal, mas o que isso tem a ver com a Castidade Masculina?” (Leitora fictícia)
Quando uma mulher tem a chave do cinto de castidade de seu marido, naturalmente ela vai ter em suas mãos um desequilíbrio do poder a seu favor, em maior ou menor grau. O homem tende a ficar mais obediente ou, no mínimo, mais inclinado a atender os interesses e caprichos de sua amada. Se você, mulher, vai se aproveitar disso para assumir o que quiser assumir na relação, isso cabe a você, em comum acordo com seu parceiro.
O ideal é que tudo seja conversado, mas certas mudanças nesse sentido vão ocorrer sem que vocês se deem conta. Se antes ele não se preocupava em chegar do trabalho e te dar uma mão na cozinha, não se surpreenda se um dia você chegar da rua e encontra-lo limpando os móveis, impulsionado pelo tesão contido que só você pode satisfazer. Isso parece simples, mas é o poder que você pode passar a ter, sem ter que dizer “a partir de agora, quero que você lave os pratos para mim, ouviu?” Algumas coisas você pode impor. Outras coisas, você pode “pedir”, durante uma sessão de Atiçar e Negar (A&N), que vamos aprender mais adiante do que se trata. Você verá que um “pedido” durante uma sessão de A&N vai soar praticamente como uma ‘ordem’ para ele, tamanho o tesão que ele vai estar sentindo. Outras, ele mesmo terá a iniciativa de fazer, na esperança de te agradar e “merecer” uma soltura para gozar mais tarde.
Agora, se você acha que o homem é que deve ter a primazia de todas as decisões, e não vê com bons olhos essa ideia de ‘a-mulher-ter-poder-sobre-o-homem’ (o que certamente pode trazer um certo poder em outras áreas da relação) é bom reavaliar mesmo se a Castidade Masculina pode ser uma boa opção para você(s).
Se depois de ler isso, você se mantiver interessada sobre o assunto, significa que, ou você já tem certa ascendência sobre ele na relação, ou seu instinto de dominação te conduziu até aqui, para reverter o quadro de domínio dele sobre você. Digo isso porque dificilmente uma mulher essencialmente submissa vai ter condições de impor um ‘não’ quando o marido pedir que o cadeado de seu cinto seja aberto
“Squal, mas quanto tempo eu vou ter que deixa-lo preso? Muito tempo sem ejacular não faz mal pra saúde dele?” (Diana, 44 anos)
Esse é um assunto que divide a opinião no meio ‘científico’ da Castidade Masculina (CM). No meio médico, existem pesquisas que apontam que ejaculações regulares mantém a próstata saudável, etc. Outros apontam que a abstinência masculina nada influencia na saúde da próstata pois, mesmo sem orgasmos, o corpo dá conta de eliminar o excesso de sêmen acumulado de forma involuntária (poluções noturnas).
Então, o que se tem é: ele pode ficar o tempo que você quiser que ele fique. Como eu sei que a mulher que deseja deixar seu marido preso em castidade, sem nunca mais gozar, (castidade permanente) é uma em um milhão de mulheres, tenho certeza que você vai administrar os orgasmos dele de forma que não sejam tão frequentes (como eram, quando ele tinha a liberdade de se masturbar quando bem queria), nem tão escassos ao ponto de você ter saudade de ter com ele um sexo gostoso, como sempre tiveram (na verdade, vai ser melhor do que sempre tiveram). Fica a seu critério. No Capítulo 8 – Rotina de Castidade, eu descrevo com mais detalhes como você pode estabelecer um intervalo entre os orgasmos dele.
“Será que a Castidade Masculina é a solução contra o adultério? Isso vai impedir que ele me traia com outra mulher?” (Giovana, 33 anos)
Pode ser. E a chance de que isso previna o adultério é muito grande. Mas eu acredito que seja mais pelo tesão e a paixão reacendida, por causa do frenesi que a CM provoca do que pela barreira física do cinto de castidade. Mais para frente, nos fundamentos, você verá que tudo o que esse manual trata deve sempre ser de comum acordo entre o casal, nada é 100% impositivo, contra a vontade do outro. Então, na verdade, mesmo usando o cinto de castidade (que não é 100% escapável, mas apenas desencoraja muito a ereção e masturbação), se ele de fato quiser te trair, ele vai te trair. Mas pela experiência compartilhada nas comunidades online sobre a prática, os homens relatam que pararam de até mesmo cogitar pensar em outras mulheres, já que somente em suas fiéis esposas ou namoradas, encontraram uma mulher que de fato os completa no quesito sexual, por serem ousadas, dominadoras sensuais e firmes em manter o controle dos seus orgasmos. Isso apaixona, e provoca uma ligação muito forte com a figura da Dona da Chave. Eu só não arrisco dizer que a CM é uma garantia contra o adultério. Porque sempre existem os casos em que o homem não usa a inteligência que tem para perceber que a mulher que aceita fazer isso é uma joia raríssima, que merece toda a fidelidade e devoção possível por parte de seu privilegiado parceiro.
“Eu e ele estamos brigados, a ponto de nos separarmos. Será que isso vai nos ajudar?” (Leitora fictícia)
Isso sim eu posso afirmar com 100% de certeza. NÃO! É unanimidade entre as mulheres experts no assunto, a CM não resolve problemas de um relacionamento em ruínas. Ao contrário, pode até mesmo piorar a situação. Se no seu caso, vale a pena lutar para que não ocorra a separação (ou término do namoro). Primeiro tente restabelecer a base sólida da relação no campo afetivo. Depois de tudo resolvido, aí sim, aos poucos, parta para o campo de práticas eróticas como essa.
Muitas outras dúvidas podem ainda estar sem resposta para você. Mas creio que serão explicadas mais adiante.
O mais importante é fazer com que você saiba que o desafio para convencer o parceiro a experimentar a CM, de fato existe. Dependendo de como for a personalidade e a sexualidade dele, pode ser menos ou mais difícil para cada caso. Mas os meus votos são de que esse desafio real não seja como uma parede intransponível, e sim um estímulo, que vai tornar a tarefa ainda mais gratificante e memorável. Eu morro de saudade da época em que eu ainda não sabia do que se tratava toda aquela sedução que minha esposa estava me envolvendo. A descoberta foi super excitante. Às vezes, brincamos que ela está me apresentando de novo o cinto, eu fingindo que nem sei o que é, e ela me tranca como se fosse a primeira vez... hum... ham-ram, desculpe, me empolguei....
Para mais detalhes e as demais dúvidas convido você, mulher, a prosseguir na leitura desse manual. Muito conhecimento novo te espera. E eu aposto que a vida com seu parceiro nunca mais será a mesma. Fico à disposição para dúvidas sobre o assunto, gratuitamente. Clique na aba "Interação e Contatos" e se comunique comigo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala Galera! Fiquem à vontade para comentarem, escrevam o que acharam da postagem! Os comentários anônimos estão liberados. "SEUS INCENTIVOS SÃO O COMBUSTÍVEL DA MINHA CRIATIVIDADE"
Para os que estiverem usando dispositivos móveis, sugiro rolar até o final da página e clicar em "Ver versão para a web". Vão aparecer a barra lateral de ferramentas e mais recursos.