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Cibelianas - Arquitetando a Sexual-Sociedade


Ano Cibeliano 94



         Athena e Michele se encontram no café da capital. Sentam-se em uma mesa bem para o canto, para não serem ouvidas. Qualquer informação a respeito da revolução que vaze, pode comprometer todos os planos.




Athena: E aí doutora Michele, chegou a alguma ideia?

Michele: Athena, eu estou estudando aqui uns artigos e livros sobre seleção sexual de fetos. De um... país, chamado “Alemanha”. Tem esse livro aqui do ano 2345 que fala sobre programação de bio-nano-robôs que, dependendo, podem canalizar toda a produção de espermatozoides para tipos específicos, dependendo de como são programados.

Athena:  Como assim?

Michele: Vou dar um exemplo: queremos que um homem, no futuro, seja capaz de fecundar apenas bebês fêmeas, meninas. Programamos a ampola de nanorrobôs para injetar nos testículos dos escravos e reverter todos os espermatozoides Y em espermatozoides X. Com isso, ele só terá gametas X, que com os óvulos femininos, sempre vão resultar em bebês meninas. Caso se queira o contrário, é só programar para que modifiquem todos os espermatozoides X para Y, e com isso só teremos meninos. Veja esta imagem aqui na minha tela:



Athena:  Perfeito, minha irmã! Com isso, poderemos moldar a proporção entre homens e mulheres na colônia!

Michele: Nem tanto. Se conseguirmos produzir os bebês meninos em laboratório, conseguiremos controlar a produção deles. Quanto às meninas ficará mais difícil, pois não conseguiremos controlar quantas "bebezinhas" serão feitas pelas mulheres com seus escravos reprodutores.




Athena: Para isso, teríamos que selecionar homens para serem fecundadores naturais. Esses, logo ao completarem a maioridade, teriam injetados em seus testículos, esses bionanorrobôs anti-Y que você citou. Com isso, poderiam ter relações sexuais com suas proprietárias com o propósito de fecunda-las e fazer procriar somente poderosas meninas.

Michele: É isso mesmo, perfeito! Isso é plenamente possível. E qual a sua ideia para a produção de meninos? Gestação artificial?

Athena: Então... eu conversei com a Anabela, que é pedagoga, e ela recomendou a separação dos sexos desde a mais tenra idade, já que eu quero que todos os homens sejam propriedades do reino desde o nascimento. Para isso, ela me aconselhou a evitar todo e qualquer vínculo afetivo entre bebês meninos e suas mães biológicas. Mas como faríamos para que todos os meninos homens fossem gerados fora do útero? Seria essa gestação artificial que você sugeriu?

Michele: Com certeza. Para isso, precisamos que eles sejam fecundados em provetas e suas gestações sejam fora do útero, em bolhas artificiais com líquido amniótico de laboratório. Como se fossem produtos de uma fábrica. Essa tecnologia chegou a ser inventada na Terra, no ano de 2149, se não me engano.




Athena: Perfeito. As Conselheiras vão elaborar uma lei para que toda mulher, ao atingir 36 anos cibelianos deve contribuir com, pelo menos, seis óvulos sadios. E aí, selecionaríamos escravos que tenham seus testículos tratados com nanorrobôs anti-X, para terem seus espermas extraídos para um banco de sêmen. Com esses óvulos e esses espermas banhados com anti-X, produziríamos os escravos do reino nesses úteros artificiais.

Michele: Sim, e esse esperma pode ser catalogado. Cada ampola de esperma contendo as características de seu doador, como altura, cor da pele, cor dos olhos, personalidadeetc.

Athena: ... tamanho do pênis... rsrsrs

Michele: Como assim? Pra quê o tamanho do pênis? rsrsrs

Athena: Sei que genética não é assim tão simples, mas a muito longo prazo, gostaria que fizéssemos uma seleção entre meninos que, ao se tornarem adultos, teriam pipiuzinhos bem pequenos e outros teriam paus mais avantajados.




Michele: Entendi, mas qual seria a importância disso para a nossa sociedade?  

     
Athena: Eu estou vendo lá na frente. Muitas entre nós são lésbicas, ou bissexuais. Vou conversar com a Anabela de novo, mas poderíamos fazer uma separação pós-escolar, já na maioridade, entre os rapazes de paus grandes e paus pequenos. Os de pau grande, seriam destinados por Cibele a serem procriadores, poderiam ser vendidos a proprietárias para procriar, e dar prazer a elas com penetração, mas somente quando seus cintos de castidade fossem abertos por elas. Mensalmente, esses bem-dotados devem, por lei, terem seus espermas extraídos para o banco de sêmen.  As chaves dos cintos de castidade dos servos procriadores pertenceriam e ficariam sob poder de suas proprietárias para que possam abrir os cadeados de seus reprodutores quando quiserem, e mensalmente os levariam até o banco de sêmen para a extração obrigatória.
            Já os de pintinho pequeno, poderíamos criar um contexto de maior severidade na submissão sexual deles ao serem vendidos. Seriam feminizados e condicionados desde os 36 anos (18 anos terrestres) a se comportarem e agirem como mocinhas, para servirem de outras maneiras às mulheres. Eu vou os chamar de “sissies”.  




Tipo, os trabalhos que exigem mais força física como construir, carregar peso, etc, elas podem usar mais os procriadores. Para terem suas unhas pintadas, comidinha cozida e casa arrumada e bem decorada, poderiam contar com suas sissies. Só como exemplo. Deles, extrairíamos esperma também, para produzir bebês que provavelmente também serão mais submissos e de pênis menores, para predestiná-los a serem sissies quando crescerem. Ou seja, engenharia sociossexual.


Athena: você falou em relação à personalidade... é possível selecionar para que só sobrevivam os fetos de meninos que tenham índole submissa, e manter uns poucos com índole um pouco menos submissa para a diversão das Dommes, por exemplo?


Michele: Acredito que seja possível, mas isso exige recursos muito mais avançados de engenharia genética. Enquanto não surgir alguém que tenha essa bagagem para nos ajudar na causa, a gente espera que cheguemos a esse nível um dia, quem sabe?


Athena: Ah, tá. Eu só perguntei isso, porque é muito mais fácil dominar os homens se eles já forem submissos de nascença. Dará menos trabalho dobrá-los à nossa causa. 





Michele: Fica mais fácil, mas talvez menos divertido...


Athena: Verdade...


Michele: e com relação à capacidade intelectual? Vamos diferenciar homens de mulheres ou não?

Athena: Com certeza! A Anabela vai criar avaliações para estabelecer uma pontuação para todos os meninos que, ao final de suas vidas escolares, vai se chamar “Pontuação Final”. Minha ideia é a seguinte: as melhores Pontuações Finais obtidas nas escolas de meninos, serão procriadores, caso seus fenótipos sejam de reprodutores. As melhores Pontuações Finais entre os meninos não serão reprodutores, nem sissies, mas cientistas. Esses também ficarão em castidade permanente, só doando esperma para mulheres que não queiram engravidar com penetração. Lésbicas por exemplo. Esses cientistas, teriam seus testículos banhados em anti-Y, para fecundarem apenes bebês meninas na fertilização in vitro encomendada por tais mulheres.
            As Pontuações Finais vão de uma escala de 0 a 100. De 80 a 100, serão cientistas. De 79 para baixo, sim: dividiríamos entre reprodutores e sissies. Os reprodutores com mais Pontuações Finais entre 60 e 79, serão produto de primeira linha. Os com menos Pontuações Finais, abaixo de 59, serão produtos mais populares, com preços mais baixos.
            Sissies com Pontuações Finais entre 60 e 79, não terão seus espermas extraídos para reprodução, pois não queremos nem meninos inteligentes nem meninas com sexualidade submissa. Os sissies com baixa Pontuação Final, entre 0 e 59 sim, terão seus testículos banhados em anti-X, para produzirem bebês meninos menos inteligentes e com pintinhos pequenos, acentuando, ao longo dos anos, as diferenças entre as capacidades intelectuais de mulheres e homens.

Michele: Totalmente praticável. Em algumas décadas, poderemos chegar à totalidade de mulheres com QI`s elevadíssimos enquanto a totalidade dos homens com QI`s parcos a muito baixos. A Anabela só teria que fazer um currículo que conseguisse medir de forma eficaz o Pontuações Finais dos meninos para que a gente faça essa diferenciação de maneira que dê certo a longo prazo. Agora, mudando de assunto, e quanto às mulheres lésbicas?

Athena: Terão total liberdade de se relacionarem como quiserem, de se casarem e terem filhas. Na verdade, o relacionamento lésbico será muito estimulado culturalmente, será visto como o casamento padrão em Cibele. Vamos formular uma teologia cibeliana em que a Grande Deusa se agrada do matrimônio feminino. 

Michele: Perfeito. Na sua concepção, haverá mulheres escravas também?





Athena: Isso pode ser discutido com a assembleia. De início, creio que não. Talvez mais alguns anos à frente, mulheres de verdade, que não sejam criminosas, não vão querer (nem vou permitir) que sejam escravizadas por outras mulheres que sejam lésbicas. As que se rebelarem contra o Reino Ginárquico apoiando causas machistas, serão condenadas como traidoras e, aí sim, poderão incorrer na pena da escravidão lésbica. Fora isso, as sissies serviriam para o propósito de servirem às Damas como empregadinhas: meninas submissas das lésbicas ou até mesmo de mulheres cis-hétero, caso elas queiram também, só para se divertir e se servir deles, por que não? 


Michele: Entendi. Como as Damas não poderiam fazer serviços desonrosos, como por exemplo, lavar banheiros, isso caberia às sissies e, eventualmente, mulheres escravas que foram condenadas por algum crime.


Athena: Isso me lembra outra necessidade: eu ia querer uma transformação profunda da aparência dos sissies, com hormônios mesmo, se possível com cirurgias plásticas. Teria como?





Michele: Sem que isso seja feito desde mais novo, o resultado não é tão bom. Teria que ser desde cedo, desde o início da adolescência para dar resultados mais satisfatórios.

Athena: Não. Eu vou proibir que se faça qualquer intervenção sexual em menores de 36 anos cibelianos. Crianças e adolescentes jamais serão incitados eroticamente ou modificados em sua integridade mental ou física de alguma forma.

Michele: Por quê? Algum motivo moral?

Athena: Minha ideia é preservar ao máximo seus organismos, sua saúde mental e sua inocência. Quanto mais inocentes forem do ponto de vista erótico, mais fácil será de controla-los. Nenhum deles perderá sua virgindade enquanto adolescentes, muito menos ainda como crianças. Só com 36 anos cibelianos mesmo (18 anos terrestres).

Michele: Nesse caso, o tratamento hormonal logo depois da adolescência vai surtir pouco efeito para deixá-los com uma aparência feminina satisfatória. Teríamos que escolher não somente pelo tamanho do pênis, mas os meninos menos peludos, menos musculosos, com ombros mais estreitos e com os quadris mais largos. Assim, ficaria mais fácil de eles não ficarem com a aparência tão máscula, quando modificados clinicamente para mulheres. Com cirurgia plástica, daria pra fazer uma lipomodelagem, que colocaria gordura nas áreas em que as mulheres normalmente acumulam mais que os homens. Por exemplo, tiraríamos gordura da barriga deles para enxertar nas ancas, no culote, nas nádegas e nos seios. Você também pretende trocar o sexo deles?

Athena: Não. Melhor eles permanecerem com suas bolinhas e seus pintinhos. Isso os vai deixar sempre com um nível mais elevado de excitação sexual, do que se forem castrados. Teremos mulheres treinadas e especializadas em educar os jovens selecionados a serem verdadeiras mocinhas submissas. Que tal?




      A diferença é que as chaves do cinto de castidade de uma sissie não pertencerão à sua proprietária, mas ficará em poder da colônia, apenas para fins de tratamento médico das sissies. Ficarão em castidade permanente, nunca experimentarão o que é penetrar uma mulher. Só poderão ter relações anais com suas proprietárias, ou caso forem gays, com fecundadores, caso a proprietária permita sexo entre escravos gays.

Michele: Nessas condições, acho possível fazer tudo o que você deseja.

Athena: Que bom! Vamos fazer assim então. Anote tudo isso no protocolo do nosso plano revolucionário.

Michele: Certo. Só me tira uma dúvida. E se um sissy não for gay? Como ele vai aceitar passar a ter aparência de mulher?

Athena: Eles não precisam ser gays para isso. Vão aprender desde adolescentes, a partir dos 26 anos cibelianos (13 anos terrestres), nas aulas de educação sexual, que quando atingirem os 36, serão designados ou para fecundadores ou para sissies. Mas sempre no contexto de servir às mulheres, na cama ou fora dela. Sendo assim, qualquer que for o destino deles como homens, fecundadores ou sissies, será um destino de honra e de elevada estima. Não deixarei que haja preconceito ou discriminação entre uma categoria e outra. Criarei um sistema de vantagens de desvantagens para cada segmento. Haverá benefícios sociais que somente os fecundadores usufruirão, assim como haverá outros benefícios que só o homem que for uma sissy desfrutará.

Michele: Nossa, incrível.

Athena: E quanto aos úteros artificiais? Vai ter como fabricar?

Michele: É possível. Vou ler melhor a respeito na literatura de física médica para me inteirar, mas acredito que nossas avós e bisavós trouxeram recursos tecnológicos suficientes conosco da Terra para Cibelis F. Fora os recursos minerais que já conseguimos extrair do solo aqui do nosso planeta.

Athena: ótimo. Nosso plano está muito bom. Não será apenas transformador, mas também muito divertido, ao ver os homens de joelhos aos nossos pés, como verdadeiros escravos sexuais.





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CIBELIANAS - ÍNDICE

2 comentários:

  1. gostando deste conto rsrs
    e legal esse contos com temas mais ''fantasticos'' e portanto mais intensos.
    aguardando os proximos

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  2. Tava sentindo falto dos contos adoroo

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