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21 de fevereiro de 2014

"A Saga de Beto - Parte 10"

Falaeee moçada! Enfim chegou a parte 10. Depois de um trabalho um tanto compensador, mas cansativo de traduzir as primeiras partes do livro "A Change in Our Marriage" de Sara Desmarai, que pra mim, é a versão Femdom de "50 Tons de Cinza".

 Baseei a continuação da Saga de Beto neste livro, dando uma nova forma de enredo, agora, em primeira pessoa e focando realmente no personagem Beto, já que a Saga é dele, né? Vai ficar mais narrativo no início, sem muita intensidade erótica, mas logo vai ficar insanamente excitante. Comentem à vontade.


"Parte 10 - Revelando a Fantasia"


Contemplando as nuvens que passam por baixo das asas do boeing que me levava, eu ficava imaginando o que estaria fazendo minha amada Cris em São Paulo. Um misto de culpa, pena e medo rondava minha mente, me atormentando. Culpa, por ter durante seus onze anos de casado mantido o hábito de se masturbar regularmente, coisa que eu não sentia até ter confessado pra ela, depois daquele interrogatório na cama. Pena dela, por ela ter que aguentar minha intransigência e o pouco valor que dava a ela como esposa. Eu mal falava com ela. Estava disposto a mudar. Prometi pra mim mesmo que no nosso reencontro, iria começá-la a tratar diferente, ser um marido mais carinhoso, atencioso e romântico. E o medo, ah, esse sim me atormentava bastante, uma lembrança sórdida que me inquietava no assento do avião: o histórico do navegador de nosso PC lá em casa. Ah, se ela visse o que eu andei acessando nas horas em que às vezes ficava sozinho! Provavelmente, ela iria ficar chocada, furiosa, e com certeza ia saber o que eu uso como inspiração pra me masturbar desde antes do nosso casamento.
O avião pousou no aeroporto, e eu só queria que o avião parasse logo e a luz que proíbe o uso de celular se apagasse. Logo que isso ocorreu, tentei ligar para Cris, pra pedir perdão, pra dizer que estava com saudade, pra saber se estava tudo bem com ela. E...dependendo de como ela me respondesse, saberia se ela teria visto algo mais estranho ou não no nosso computador. Minhas ligações foram em vão. Invariavelmente, o celular dela caía fora de área. Cheguei no hotel, horas depois e nada. Caixa de mensagens: com a voz maravilhosa dela dizendo:
- Oi, você ligou pra mim..rsrsrs, pra Cris. No momento eu não posso atender, mas tenta de novo, vai que você consegue da próxima vez. Tchau, tchau!
Céus, ela não atendia. À noite, na cama do hotel, nada. Será que tinha desligado? Minha jornada de reuniões pela empresa em Belo Horizonte iria durar cinco dias. Será que em algum momento eu iria conseguir falar com ela? Deixei um recado na caixa de voz dela:
- Cris, oi, sei que fui embora deixando você bem brava comigo, e te dou toda razão. Eu tenho sido um péssimo marido pra você. Vê se atende logo o telefone, que eu estou louco pra ouvir sua voz, ao vivo. Te amo demais, beijo!
E fui dormir. Minha noite não foi tranquila, fiquei pensando tanto acerca do que passamos, minha confissão a respeito do meu costume de me masturbar, a raiva dela, suas lágrimas, tudo aquilo me remexia. Fora o medo de que ela revirasse o PC e visse o histórico. Ah, aí sim, eu estaria frito. Não consigo imaginar nem de perto, minha doce Cris vendo aquelas coisas tão pervertidas.
Primeiro dia de reunião e nada. Intervalos das palestras, ligava e....caixa postal. Aquilo estava me deixando louco. Liguei para Dona Ângela, mãe de Cris:
- Meu filho, também estou tentando falar com ela, mas não consigo. Liguei para uma amiga, que ela me passou o número, mas ela disse pra eu me tranquilizar, que ela sabia onde Cris estava, mas que lá não devia pegar sinal de celular, mas que estava tudo bem.
- E onde que ela foi, dona Ângela?
- Olha, eu não entendi direito, mas acho que era um cepá, tepá, algo assim...
- Cepá?
- É, eu não sei bem, mas é tipo um lugar retirado, um sítio, em que ela foi pra relaxar. Acho que é isso.
- A senhora pode me passar o número dessa amiga?
- Sim, é a Elise.
- Ah, eu a conheço. Ela e o marido são nossos amigos. Vou ligar pra ela

Liguei. Carlos me atendeu.
- Carlos? Fala, aqui é o Beto.
- E aí parceiro, tudo em cima? Que manda?
- Cara tô numa preocupação com a Cris, não consigo falar com ela desde ontem. Minha sogra disse pelo telefone que sua esposa sabe onde ela está, será que ela pode me dizer?
- Claro, vou passar pra ela.
- Oi, Beto, é a Elise.
- Tudo bem, Elise? Pois é eu estou meio aflito pois não consigo falar com a Cris desde ontem, e dona Ângela disse que te ligou e que você a tranquilizou.
- Sim, Beto, olha, não se preocupe. Ela veio aqui em casa, desabafar, dizendo que estava passando por um momento difícil, de tensão, falou que devia ser... éééé... pressão no trabalho, ou algo assim, e eu indiquei pra ela um Spa em um sítio perto aqui de São Paulo, que eu já fui passar uns três dias lá, e achei maravilhoso. Ela disse pra mim que ia. Só que lá não pega direito sinal de celular. Por isso que você não consegue falar com ela. Mas olha, eu vou te mandar por SMS, o telefone do Spa pra ver se você consegue falar com ela.
- Ah, muito obrigado, Elise!
O SMS chegou e eu liguei. Uma voz feminina, por sinal muito atraente aos ouvidos, atendeu:
- Keyholder Spa, bom dia.
- Bom dia, meu nome é Beto, eu sou o marido da Cris, Cristiane Toledo Ferknowisky. Gostaria de saber se minha esposa se encontra aí no Spa.
- Só um minuto que eu vou verificar se existe uma aluna aqui com esse nome.
Esperei mais de 10 minutos.
- Senhor?
- Sim?
- Olha, ela está sim, mas pediu para avisar o senhor que está bem, mas não pôde atender, disse que retornaria assim que possível.
- Está bem.
Minha ira, se acendeu naquele momento. Foi para um Spa, gastar dinheiro, sem falar comigo, e ainda por cima disse que estava ocupada! Fiquei tão puto, que pensei comigo mesmo, não vou mais procurar também, dane-se! Se quiser me ligar me liga, se não quiser, estou me lixando!
E assim, foram passando os dias, e nada de Cris me ligar, aquilo foi me deixando aflito, no quarto dia de simpósios e reuniões estratégicas de marketing da empresa, eu já nem conseguia mais prestar atenção em nada. Meu avião rumo a São Paulo sairía no dia seguinte, e eu ainda não tinha conseguido falar com minha mulher pelo telefone. Não aguentei, cheguei no hotel no fim do dia e liguei de novo pro tal Spa.
- Keyholder Spa, Boa noite.
- Oi, eu sou o Beto, liguei a uns três dias a procura da minha esposa a Cristiane Toledo Ferknowisky, ela ficou de me retornar, mas até agora nada. Será que ela podia me atender?
- Só um minuto.
De novo, mais de 10 minutos se foram. E enfim, a voz que eu tanto queria ouvir recheou docemente o meu ouvido, quase que aplacando toda a minha raiva por ela ter ficado sem contato todos esses dias.
- Oi, Beto! Que saudade!


- É, não parece, né... por que você não me retornou?
- Ah, querido, sabe o que é, eu fiz um curso aqui no Spa, que a gente se desliga do mundo exterior, sabe, um negócio meio zen, minha formatura foi agora a pouco. Eu fui tão bem no segundo módulo que ganhei uma bolsa pra fazer o terceiro, foi maravilhoso!
- É, e quanto custou isso? Deve ter sido o olho da cara, né?
- Querido, calma, eu tinha um dinheiro guardado na poupança, e não foi muito. Não fica assim, prometo que você vai adorar saber e viver comigo tudo que eu aprendi.
- Não amor, - disse com uma ponta de arrependimento. - eu é que preciso mudar, estou arrependido com a forma que venho te tratando esses últimos anos. Não é você que tem que fazer nada, você é perfeita.
- Não, Beto, você não entende. Eu fiz um curso que vai me ajudar a te ajudar, é um curso de capacitação da mulher, específico para o público feminino casado.
- Nossa, fiquei curioso, quero saber como é tudo isso aí.
- Claro, você não perde por esperar, rsrsrsrsrs - disse num tom meio que de alguém que tem uma surpresa, meio de que alguém que está preparando uma armadilha.
- Estou curioso mesmo. Nem estou mais com raiva, minha saudade está muito grande, estou louco pra chegar aí amanhã e te encontrar. Estou disposto a repaginar nosso casamento a partir de agora.
- Que bom, meu bebê, (ela adorava me chamara assim quando queria ficar mais manhosa, fazia até uma vozinha como de alguém que brinca com um bebê pequeno, costume que adquiriu desde nossa lua de mel a 11 anos), vamos sim, vamos mudar juntos e pra melhor.
- Claro.
- Está bem, bebê, preciso ir, o monitor está me chamando e chamando as meninas pra entrega do diploma que acabou de ser impresso. Daqui a pouco eu já vou pra casa, e amanhã eu fico te esperando lá. Beijos.
- Beijos, querida. Parabéns, por ter sido uma ótima aluna.
- Obrigada, você nem imagina.
- Tchau!
- Tchau!
Mal sabia eu como nosso casamento seria repaginado! Mas muito mais do que eu jamais podia imaginar. Hoje eu sei porque ela estava usando aquele tom misterioso quando disse 'você não perde por esperar' ou então 'você nem imagina' (quanto ao ótima aluna). Mas descobriria muito em breve.
Dia seguinte, entrei no avião rumo a São Paulo, rumo à minha casa! Minha ansiedade em revê-la portanto, foi atropelada por uma lembrança desesperadora: ela tinha ido pra casa ontem! E se ela ligou o PC? E se ela viu o histórico do navegador? Acabei ficando mais ansioso por chegar e apagar o histórico do que em revê-la propriamente. Mas tinha a esperança de que ela não tivesse ligado desde ontem. Sim, eu podia imaginá-la chegando cansada, tomado um banho, uma taça de vinho, visto novela, ido dormir, e no dia seguinte, arrumado a casa me esperando chegar, sem ter tido tempo ou saco de ligar o computador. Esse pensameno me reconfortou, pelo menos naquele instante.
Pista do aeroporto toda acesa com as fileiras de lâmpadas que balizam a minha chegada triunfante. Avião pousando, coração palpitando em antecipar o reencontro. Peguei o taxi e mal podia esperar chegar ao nosso condomínio e encontrar minha linda esposa, receptiva, amorosa e cheia de saudade. E por que não louca de vontade de ter uma ótima noite de amor comigo? Afinal, naqueles cinco longos dias, eu me esforçara pra não me masturbar uma vez, e estava chegando em casa pleno de energia sexual, com as bolas cheias mesmo, cheio de amor pra dar.
Entrei no condmomínio e fui chegando perto da porta de casa. A chave entrou na fechadura e girou. Mal podia esperar para abrir a porta. Entrei em casa e, achando que ela estaria me esperando pra me dar aquele abraço apertado e aquele beijo apaixonado, o que encontrei foi a nossa sala vazia! Sem sinal de presença de Cris.
- Cris! Amor, cheguei!
Nada. Fui entrando, deixei a pasta sobre o sofá e vi o nosso escritório com a luz acesa. Aquele frio na espinha começou na base da cabeça, e foi descendo pela coluna arrepiando todos os pelos possíveis. Será que ela estava no computador? Será que ela havia descoberto meus sites pornô?
Cheguei na porta do escritório. Cris estava sentada na cadeira, com uma taça na mão, uma garrafa de vinho pela metade sobre a mesa, em frente ao meu notebook ligado. Seus olhos estavam vermelhos e marejados.
- Cris, o que houve?
Ela tinha um olhar pesado, de alguém que tinha se magoado seriamente com alguma coisa. Suspirou profundamente e virou a tela do monitor na minha direção. O navegador estava aberto no site "Casamento Cuckold"! Tinha sido o último site que eu tinha visitado na noite antes da minha viagem. Na hora, meu coração explodiu de bater forte e eu congelei. Na tela do monitor, aquela imagem da mulher vestida de noiva, sentando na piroca de um negão e rindo debochadamente pro maridinho que estava na pose de prostrado no chão com cara de coitado.
- Cris...eu... posso explicar...- tentei começar a falar.
Ela me encarou com um olhar furioso, gelado, que travou minha boca na hora. Ela virou a tela de volta pra ela, clicou o mouse e leu em voz alta:

- "Sua esposa é safadinha? Está insatisfeita com o tamanhinho do seu bilau? Ela precisa de uma piroca mais grossa pra gozar?"
Eu nunca, NUNCA, tinha ouvido da boca dela esse tipo de linguagem, em onze anos de casados. Ouví-la vomitando essas frases com tanto desgosto, eu pude entender como a pornografia em geral degrada uma mulher.
- "Esposas safadas"?, "Casadas querem caralhos grandes"?, "Corninho assistindo a foda da esposa?", ela perguntou, abrindo sucessivamente diversos sites que estavem no meu histórico de internet.
- Cris... por favor...
- Mas espere! Tem mais! "Negão Dominador/Putinha branca." "Putinha casada coberta de porra"... por Deus, Beto, que diabos é tudo isso???!! O que há de errado comigo... você fica vendo esse...esse lixo! - Disse ela cuspindo no chão.

- Cris...
- Você não me ama? Eu não te faço feliz? Não sou sufuciente como mulher pra você?
- Cris! Claro! Sim! - Como explicar tudo isso? Não fazia ideia! - Não, por favor Cris, eu não sei como te explicar isso, mas não tem nada a ver com você!
- Como assim, Beto? Eu... eu não te satisfaço mais é isso?
- Sim, (porra!) sim, você me faz muito feliz!
- Então o que é tudo isso?
- Cris, isso é só uma fantasia! Só isso! Eu não sei como dizer, mas é apenas visual. Eu fico....excitado olhando pra isso, mas não significa nada pra mim, não tem nada a ver com nós dois - Eu disse, não acreditando de fato nas minhas próprias palavras. Percebi que nem ela acreditava.
- Mas Beto, obviamente isso te excita! - apontando com nojo a tela do computador.
- Sim, mas...
- E você disse que isso não tem a ver comigo. Então o que isso significa? Você olha pra essa foto e pensa o quê? Claro que você imagina isso pra mim... ela sentada, transando com esse homem que claramente é um amante, e o marido é esse magrinho que está aqui embaixo ajoelhado. Estou entendendo errado?
- (Merda!) Não Cris! Eu... - comecei a chorar, emoções começaram a tomar conta de mim. - Sou eu, Cris! Eu não mereço você!
- Beto, para! Calma, por favor! - Ela interrompeu assim que eu disse a frase. - O que você quer dizer com "eu não te mereço?"
- Cris, olha pra você... olha pra mim... eu não sei... pra mim casar com você foi um prêmio, você é muito mais do que eu mereço como mulher.  Eu não sou do seu nível, não me comparo a você, você de alguma forma é muito melhor do que eu.
- Beto...- uma lágrima escorreu do rosto dela. -  o que você quer dizer com "prêmio", eu te amo, por que você poderia se sentir assim?

- Bem, vamos admitir...- respirei fundo - Eu não sou um "picudo", um pegador, macho alfa, essas coisas. Nunca fui popular no colégio, nenhuma garota ficava aos meus pés, aquelas panelinhas dos garotos mais espertos, malandros, conquistadores de gatinhas, nunca me incluíam em seu rol de membros. Não sou alto, não tenho o queixo quadrado, não tenho os ombros largos, nem sou másculo. Não abro a garrafa de cerveja com os dentes. Tenho medo de baratas! Ou seja, por que você iria querer sair comigo? Por que você um dia iria querer se casar com um cara esmirrado como eu?
- Porque eu te amo! Porque você tem o coração mais belo, a alma mais terna, e uma mente brilhante. Se eu quisesse um "machão",  eu teria casado com um. Mas eu casei com você.
Então fiquei envergonhado. Meu Deus, como eu amo essa mulher! Ainda assim continuo sentindo que não posso merecê-la. Talvez, seja por esse sentimento que toda aquela coisa de cuckold tenha me excitado tanto. Um reforço ao que sempre senti de forma reprimida, que eu não estava à altura de um verdadeiro homem para a minha esposa, e não poderia fazê-la completamente feliz. Além disso, eu percebi algo mais. Nossa intimidade sexual estava, bem... insuficiente, vamos dizer assim. Não porque não fazíamos sexo! Pelo contrário, nossa frequência na cama era farta. Cris adorava me seduzir. Adorava uma noite romântica. Não era isso, mas mesmo ela nunca tendo me dito nada, eu sabia que ela não tinha um pleno HOMEM na cama.
Talvez, eu deveria admitir isso, porque eu continuava sentindo que ela estava machucada, pensando ser culpa dela que eu ficasse vendo aqueles sites.
As palavras dela, acabaram por me esclarecer, e reforçar o que eu já sentia: "Se eu quisesse um machão, eu teria casado com um". Isso é o núcleo, o cerne da questão. Ainda que nunca tenhamos conversado sobre isso, ela declarou que, ainda que ela estivesse perdidamente apaixonada, ela não se casaria com um "valentão" ou "machão". As bases da fantasia cuckold acabavam de sair dos seus lábios.
Eu comecei a chorar, porque eu percebi isso rapidamente.
- Bebê, o que foi? Por que está chorando? Eu já não te disse que te amo? - Ela tentou me confortar segurando minha mão, e eu queria empurrá-la de volta.
- Cris, você não vê? Olha o que você disse: "Se eu quisesse um machão, eu me casaria com um."
- Mas Beto, eu não quis dizer que você não é macho! Eu... disse que... - e não conseguiu mas explicar nada.
Nós sentamos em silêncio no sofá um de frente para o outro por alguns minutos.
- Beto, deixe-me fazer uma pergunta: Essas... coisas que você fica olhando... - ela apontou para o monitor - você alguma vez já se... unh...masturbou enquanto...
- Cris! - Eu disse, olhando pra baixo, embaraçado.
- Quando você disse pra mim antes de viajar que se masturbava, era olhando pra essas coisas?
- Sim, mas nem sempre foi assim... eu só conheci esse tipo de... pornô, a umas três semanas. Antes disso...bem...eu via coisas mais...éééé...normais, sabe, sexo normal. - disse cortando as palavras, quase não dizendo.
- Bebê, isso é importante, por favor, pense sobre isso, por que você começou a fantasiar sobre essas coisas?
- Eu... é por causa de você. Eu... eu acho que fico excitado imaginando você se excitando com isso também.
- Huuuummm... ela sorriu. Você quer dizer... e isso é um tipo de troca de prazer, você se excita em pensar que eu me excito.
- Sim, eu...não sei porquê. Mas, eu acho que eu me sinto como se nossa vida sexual fosse assim: você não odeia transar comigo, mas eu sei que não satisfaço você completamente.
- Mas Beto, você me satisfaz! Emocionalmente!
- Mas não fisicamente! - Eu cortei, sabendo que era verdade.
- Beto, mas não significa que eu não ame você.
- Mas isso é verdade, não é?
- Beto, o sexo entre duas pessoas casadas é mais do que prazer físico. Está envolvido o amor, ternura, a conexão de almas.
- Que coisa, Cris! Não negue isso! Fisicamente eu não te satisfaço!
- Você....é que....bem.... não. - Ela sussurou.
- Viu? Eu sabia disso! Este é o apelo desses sites. É assim: eu te amo demais. Tanto que o meu prazer é o seu prazer. De alguma forma, pensar em você tão feliz, tão satisfeita sexualmente, tendo orgasmos arrasadores, me deixa feliz, me deixa totalmente excitado.
- Huumm - disse ela com um olhar provocativo. - quando eu estava olhando para os sites no seu notebook, num primeiro momento eu me assustei e fiquei com asco daquilo tudo. Mas olhando do seu ponto de vista, parece que isso deve mesmo ser um apelo, de uma forma estranha, uma verdadeira celebração da mulher, uma honraria ao feminino.
Ela estava começando a entender. Pra minha surpresa. Cuckold não serve para degradar a mulher. Isto é, partindo do próprio marido, seria uma celebração à felicidade e satisfação sexual plena da sua mulher.
- Mas Bebê, você não quer de fato.... realizar essa fantasia, não é? Você realmente quer ver ou saber que sua esposa está fudendo com outro homem? É só uma fantasia, certo?
Olhando pra ela, eu ponderei uns segundos. Bem, eu nunca pensei sobre isso. Não esperava que ela fosse levar a conversa para um campo mais favorável. Pra mim, se ela descobrisse tudo, nosso casamento passaria a ser um inferno, ela jogaria minhas podridões na cara em qualquer briga dali em diante. Isso se não pedisse o divórcio. Mas não, pra minha deliciosa surpresa, ela estava ali, interessada no assunto, quase que me entrevistando. Será que eu de fato queria concretizar aquilo, e deixá-la transar com outro?
- Bebê?!
- Oi, sim?... Imagino que sim, seja só na fantasia mesmo.
- Porque fantasia, um pensamento pervertido na sua mente....bem, é bem diferente de realizar. Quero dizer que, por mais estranho que isso tudo pareça, eu consigo entender sua fantasia, pensando nela, mas não consigo acreditar que você quer realizá-la.
Ela chegou perto de mim, sentou-se. Eu podia sentir o calor de seu corpo, através de nossas roupas.
- Eu te amo, Beto.
Disse Cris, colando devagar sua boca na minha, beijando-me docemente. Minha esposa...seu perfume, seu cheiro de mulher é irresistível. Eu nem podia imaginar que ela tinha tido uma aula de atriz, naquele spa, tamanha a capacidade dela em me conduzir a sentir toda a culpa sobre tudo aquilo. Ela estava começando a me conduzir pelo seu doce labirinto, uma armadilha erótica da qual eu jamais imaginaria e jamais poderia escapar.



Continua...




5 comentários:

  1. Eu esperava q a história fosse continuar pegando fogo... É uma pena q a história esfriou :(

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    Respostas
    1. Calma, amigo. A parte 10 foi só um preparo. A Saga de Beto na verdade começou agora. Continue acompanhando.

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  2. Agora ele caiu na "teia da aranha".... Beto, seus dias de orgasmo estão no fim !!!

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  3. Squal, você tem esse livro traduzido ou sabe se existe a versão PTBR dele? Dei uma rápida procurada aqui e não achei, gostaria de dar alguma leitura assim para minha esposa

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    Respostas
    1. Não tenho, infelizmente. Demora muito pra traduzir um livro, e eu estou focado agora em retornar a compor mais capítulos para TCC de Laura, Súcubo e Cibelianas.

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