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2048 - O Harém de Melina - Parte 2



Parte 2 – Entrevista de Emprego


            Estrada velha, 3657. Eu achava que ia ser um prédio de alguns poucos andares, repleto de repartições e escritórios, mas na verdade tratava-se de uma mansão. Isso mesmo, uma mansão gigantesca, toda em estilo barroco, ou medieval, sei lá, com um portão de ferro e muros altos de pedras permeadas com plantas daquelas que crescem grudadas em paredes. Entre o portão e a mansão um gramado extremamente bem cuidado, e árvores bem podadas, dando um aspecto ‘clean’ ao ambiente, mas ao mesmo tempo meio sinistro.



           Eu estava lembrando o anúncio que dizia que o candidato deveria ser magro, baixo e sem pelos. Fiquei imaginando se eu acabaria concorrendo a uma vaga de modelo, hahaha. Não que eu seja um galã, mas modéstia à parte, tenho certa beleza sim. De manhã, depois de acordar, tomei um bom banho, coloquei a minha melhor roupa, e me perfumei com o que ainda restava dentro do meu vidro de Azzaro, um perfume caro, o último presente que ganhei da minha ex-esposa antes do divórcio.
          Um ruído eletrônico soou do portão interrompendo minhas memórias. Uma voz saiu de algum lugar próximo que não conseguia identificar onde ficava:

          - Pois não... é algum candidato ao serviço da Madame Melina?
­          - Isso mesmo. Falei com ela no webchat ontem, sobre o anúncio dela no telejournal. Eu sou o Franco.
          - Ok, pode entrar.

          Com isso, o grande portão se abriu sozinho. Sem ruído nenhum, deslizando totalmente silencioso sobre os trilhos que ficavam abaixo dele. Então comecei a caminhar em direção à tão vultuosa mansão.
No caminho, entre as árvores vi, logo abaixo do teto de uma pequena capela, uma estátua de pedra branca, linda, de uma mulher muito sensual, de quadril bem largo e seios fartos, com pouco pano cobrindo o belo corpo, deitada sobre um leão. Bem estilo grego antigo. Em sua cabeça uma espécie de coroa bem diferente, parecendo miniaturas de um muro ou algo assim. Ao lado, um tipo de vaso em formato de chifre, cheio de frutas.



          Logo abaixo, uma placa de mármore na qual estava escrito: “Cibelis – Magna Mater -  Prostatus Adoraverit”. À frente da estátua, havia um tipo de banquinho com uma plataforma baixa almofadada, que pelo texto da placa em latim, deveria servir para amortecer os joelhos que quem quer que quisesse ajoelhar e rezar, sei lá.
          Quando passei pela estátua e voltei meus olhos novamente para a porta da mansão, vi uma mulher parada, como que me esperando. Estava sorrindo, simpática. Na verdade, ao me aproximar mais um pouco, de simpática ela passou a bonita. Mais perto ainda, quando minha miopia já estava vencida pela proximidade, ela passou a linda. Uma musa, de pele negra, e cabelos lindamente alisados e muito compridos. Aparentava uns 20 aninhos no máximo. Vestido de um tecido brilhoso azul claro, grudado no corpo. Uma bunda de endoidar qualquer macho.


         
   - Oi. Eu sou o...
          - Franco, né? Olá, prazer. Eu sou a Helena. Vem comigo, vou te apresentar a casa. Seja muito bem-vindo.

          Derreti. O sorriso dela era hipnótico, os dentes dela eram extremamente brancos e contrastavam maravilhosamente com a cor de sua pele. O perfume, nossa! Fazia fechar os olhos. Eu sempre tive tara por negrinhas, mas aquela era uma musa!

          - Uau, obrigado, o prazer é meu. Você é muito simpática, sabia?
Na verdade, eu queria dizer gostosa, gata, deusa.... Mas me limitei a ‘simpática’ em tom respeitoso, para não parecer de cara que queria assediar uma suposta colega de trabalho, talvez. Ser demitido antes de ser contratado não era meu objetivo, definitivamente.
         
- Ai, obrigada, você é muito gentil. Vamos entrando!

          Ela abriu a porta e mandou que a fosse seguindo. A sala, de entrada toda forrada de carpete vermelho. Sofás e almofadas gigantes por todo lado, cercados de colunas estilo grego. No centro da sala, junto à parede dos fundos, uma estátua semelhante à de fora, mas dessa vez mais vestida, o leão bem pequeno ao seu lado, a mesma coroa e o vaso no formato de chifre. Devia ser a tal ‘Cibelis’, sei lá.

          - Vamos subir as escadas. Lá no escritório a gente se conhece melhor.
          - Ah, sim, claro... vamos lá... – respondi meio sem graça. – Não me leve a mal, sua companhia é muitíssimo agradável, mas eu também vou ser recebido pela Madame Melina? Ela disse na mensagem que iria me receber pessoalmente... – perguntei enquanto as nádegas dela balançavam suculentas a cada subida de degrau.
          - Sim, claro, ela vai te receber sim. Mas primeiro, eu sou a responsável por sondar os candidatos e relatar a ela sobre a avaliação, para ela já te abordar da forma mais adequada ao seu perfil.
          - Ah... ok, entendi.

          Eu não sabia, mas podia sentir que ‘algo de errado não estava certo’ na forma como ela falava comigo. Não parecia que era uma secretária comum, ou algo assim. Ela rebolava na minha frente, enquanto me guiava, e foi subindo as escadas na minha frente, sem se preocupar que eu vinha logo atrás e abaixo dela, tendo uma visão privilegiada de suas polpinhas super morenas e extremamente carnudas por baixo do vestido curtíssimo que ela vestia. Pronto, comecei a ficar excitado e desconfiado de que aquilo não parecia ser algo tão formal assim. Estava muito inocente ainda quanto à real natureza do tipo de serviço que me esperava. Mais até do que eu pudesse considerar como inocente naquela altura, e vocês vão entender ao longo da história.
          Ao chegar no andar de cima, o passadiço dava acesso a corredores que levavam um à ala leste da mansão e outro à ala oeste. Não, eu não estava levando uma bússola comigo. Havia plaquinhas de mármore na parede que indicavam essas informações. Helena se virou para a ala leste. Logo na primeira porta de um longo corredor, na qual havia uma plaqueta escrito “recepção de novatos”. Ela abriu a porta e disse:
         
- É aqui. Vamos entrando.
         
          Entrei logo depois dela, sem conseguir parar de olhar aquele rabão delicioso que rebolava enquanto ela me guiava para dentro. Quando a gente fica muito tempo sem mulher, só vem besteira na cabeça, eu conseguia imaginar aquela bunda de calcinha, rebolando pra mim.



        Quando consegui olhar ao meu redor, já dentro do quarto, vi um sofá vermelho aparentemente bem confortável, uma mesinha no centro, quadros grandes com belas pinturas, um lustre gigante todo de cristal que iluminava o ambiente ao par de iluminação indiretas vindas de um teto de gesso, todo detalhado em estilo grego, e o mesmo carpete vermelho que forrava o chão do salão, lá embaixo, e dos corredores. No meio dessa sala havia uma coluna grega, na qual havia algumas argolas de metal relativamente grossas pendendo a mais ou menos um metro do chão. Nelas havia algumas tiras de couro com fivelas semelhantes às de cintos, nas pontas. Esquisito. Mas, não perguntei nada por enquanto.

          - Vamos sentar. Quero te conhecer melhor. Vou te pedir uma coisa: não encara como uma entrevista de emprego não, tá? Soa muito rude, muito frio, sei lá. A vaga só não é sua se você não quiser. É um bate-papo mesmo, informal, gostoso... senta aqui do meu lado e relaxa.
         
          Gostoso? Relaxa? Putz, aquilo foi demais. Eu já estava começando a querer perder a linha e jogar aquela porra de ética no trabalho ‘pras cucuias’ e agarrar aquela neguinha linda de morrer para beijá-la e fodê-la com força. Mas me segurei e resolvi ver aonde aquilo ia dar. Ainda restava em mim um certo juízo considerando a minha forte necessidade de conseguir o emprego. Questão de sobrevivência.

          Ela se jogou do meu lado no sofá, que por sinal era tão fofo que a gente afundava nele pra valer, quase que nos fazendo deitar. Ela olhou bem nos meus olhos e introduziu o tal bate-papo gostoso:

          - Franco, desculpa o trocadilho, mas vou ser franca com você, rsrsrs. Depois de ler as poucas informações que a Madame Melina me passou a respeito da conversa que teve contigo pela internet, que você é divorciado, sem filhos, e que tem um perfil corporal básico que a gente precisa aqui na mansão, percebi que sua chance de conseguir essa vaga é praticamente certa. Basta só que você aceite depois que eu te revelar a verdadeira natureza das nossas tarefas aqui, que os rapazes que são admitidos desempenham.
          - Ah, sim ... quer dizer, que bom... não sei o que dizer, sei lá, rsrsrs... obrigado então. – Respondi meio que vibrando com o emprego, mas bem curioso com todo o mistério.
          - Então, Franco, não vou ficar enrolando, vou ser bem direta. O que precisamos aqui dos rapazes contratados, é de serviços de natureza erótica. Precisamos de serviços sexuais. É isso. E você me parece ser um homem jovem, e que deve ter uma boa saúde e... digamos... uma boa disposição, estou certa? – sorrindo marota pra mim.

          Ela mandou sem hesitar. Meu coração disparou. A pele branca do meu rosto deve ter ficado muito vermelha, pois eu sentia queimar. Ela percebeu.

          - Por favor, não fique sem graça. Deixa eu te explicar bem como vai ser, não tome conclusões precipitadas. Somos muito profissionais aqui. Se você não quiser, sem problemas, vou entender perfeitamente. Só demos uma chance de te chamar aqui dadas as circunstâncias familiares que você nos deu. E pelo que posso supor, como você estava no netjournal procurando emprego, é de se esperar que esteja procurando um emprego. Posso continuar a explicação, ainda está interessado depois de saber sobre isso, ou quer pensar... podemos?

          - Não, não... tudo bem... éhh... só tô surpreso, entende... não esperava.

          Sim, eu estava assustado, não vou mentir. Mas ao mesmo tempo, comecei a supor que tinha sido premiado na loteria. Estava sendo contratado para alguma coisa a ver com ter sexo com aquela deusa de ébano? Se meu pau falasse, ele gritaria lá de dentro da minha calça: “SIM! Aceito a vagaaa! Tô dentro!”

          - Claro, eu sei disso. Já trabalho aqui há um ano e é sempre assim, surpreendente. Mas então vou continuar explicando e depois a gente parte para a questão contratual, caso você aceite as condições, pode ser?
          - Ah, sim, claro.
          - Bem, a Madame Melina tem uma clientela selecionada de mulheres da mais alta sociedade. Ricas mesmo. Podres... de ricas, para ser mais exata. E todas elas têm gostos extravagantes, típicos de gente bem-sucedida, mesmo. Então, os rapazes contratados por ela, cumprem aqui na mansão o serviço de satisfazer essas... ‘extravagâncias’ das ricas e poderosas, se é que me entende...
          - Ah! Saquei. Serei um garoto de programa. E essa tal Madame Melina seria a nossa... cafetina? Ai, desculpa, que falta de respeito a minha... Esquece a pergunta.
         
          Ela olhou para o lado, demorou uns dois segundos e continuou:

          - Sim, é isso mesmo, você está... certo. Mas não é tão simples assim. Essas clientes têm gostos e taras bem específicas, que muitos homens ficam até meio que... assustados. Mas depois acostumam e passam a curtir de montão a diversão que é.
         
          Cara, eu digo que não fiquei assustado dessa vez, mas fiquei curioso. Eu até queria dizer que aceitava a tal vaga de prostituto, porque estava a um bom tempo sem sexo e precisando muito de grana. Ou seja, meu tesão estava a mil e meu bolso a zero. Por que não ganhar dinheiro com prazer? Porra, eu nem tinha pensado em me prostituir, a chance caiu no meu colo, assim do nada. Pensa bem.

          - Tá, Helena, entendi. Suponhamos que eu aceite a vaga. Quanto seria o meu salário?
          - Depende do seu desempenho e do quanto você será requisitado pelas clientes. Só para te dar uma noção. As menin... aham! Os rapazes mais bem conceituados recebem da Madame Melina de seis a sete mil reais por mês, além de serem alimentados aqui e poderem dormir nos quartos da mansão caso queiram morar aqui. Os iniciantes, ou não tão procurados, que ainda não tenham sido demitidos por baixo desempenho, chegam a receber de quatro a cinco mil de salário. Fora que as clientes costumam agradar os rapazes com presentes generosos, relógios de ouro, perfumes caros, somas em dinheiro...

          - Pombas... confesso que com esse salário e essas comissões não é nada mal, heim?
          - Sim, depois que vocês passam pelo treinamento adequado, são considerados no mercado específico estando no mesmo nível de acompanhantes de luxo. A Madame Melina paga bem, mas ela é extremamente exigente com o desempenho das menin.... aham... dos rapazes.
          - Entendi, e o que eu teria que fazer para satisfazer essas taras dessas mulheres ricas aí? O que elas têm de tão extravagante no gosto sexual assim que precise desse mistério todo?
          - Bom, você chegou onde eu queria. Preciso fazer um teste com você antes de explicar. Você se importa?

          Ela perguntou com um jeitinho meigo, quase fazendo beicinho. Porra, tem como dizer não desse jeito?

          - Claro, pode começar.
          - Eu preciso que você se levante e tire a roupa. – Disse rapidinho, terminando com aquele sorriso que me derrete.

          Puta que pariu! Eu ia ficar pelado pra ela! Ainda meio que envergonhado, claro, não tinha intimidade ainda com ela, mas ignorei e levantei. Comecei a tirar a roupa e ela me encarava com um olhar sacana e com a ponta da caneta apoiada no lábio. Que tesão. Quando estava completamente nu, ela também se levantou e disse:

          - Muito bem, vem aqui comigo.

          Eu achei que ela ia começar a tirar a roupa e que transaríamos como loucos, para ela testar meu desempenho como fodedor. Mas ela continuou vestida e apontou para a coluna grega no centro da sala. Parou, olhou para o meu pau, a essa altura já pulsando e duro como rocha, deu um sorrisinho maroto e continuou:

          - Preciso que você encoste aqui nessa coluna e relaxa os braços, tá? Confia em mim, vai dar tudo certo.

          Obedeci.

          - Agora, eu vou prender seus pulsos aqui embaixo com essa correia de couro nessas argolas, tudo bem? Faz parte do teste, não se preocupe.

          A partir desse ponto, comecei a ficar desconfiado. Por que me prender? Mas, como a ideia era só fazer um teste, e precisava de um emprego, aceitei. Meus braços ficaram relaxados para baixo, meio que separados, presos pelos meus pulsos um de cada lado da coluna.

          - Bom menino, bom menino. Pronto, agora, eu vou te tirar umas medidas. Fica quietinho para eu não errar tá? É muito importante eu ter suas medidas exatas para o seu próprio bem. Junta bem os pés e fica com a postura bem ereta.

          Ereto estava era o meu pau, depois de ouvir aquele ‘bom menino’ dela. Nenhuma mulher nunca tinha se referido daquele jeito materno. Fiquei excitado. Ela foi até um móvel de madeira onde havia uma gaveta. Abriu e retirou uma fita métrica, uma caneta laser e uma prancheta ledskin 2mm, na qual estava ligado um formulário digital.

          - Vamos ver quanto você mede de bumbum.

          Porra, achei que ela ia medir meu pau. Ela envolveu meu quadril com as mãos para me envolver com a fita. Nesse lance, ela não fez nenhum esforço para evitar me tocar. Suas mãos quentes de delicadas vieram tirando casquinha, deslizando por toda a minha bunda, uma mão em cada nádega minha. Ao se juntarem à minha frente para verificar a medida, os dedinhos dela pousaram delicadamente sobre o meu pau rijo, e ficaram ali, como se fosse a coisa mais comum do mundo durante uma entrevista de emprego. Ela ficou assim uns 10 segundos, puxando e repuxando a fita, fingindo que estava com dificuldade de saber qual era a medida exata.

          - Huumm, você tem uma senhora bunda, heim?!... 98 centímetros... amei! – Disse rindo discretamente enquanto apanhava na prancheta digital. Ela dizer que amou minha bunda me deixou excitado, confesso. 






             Ela tirou as mãos e circundou minha cintura.
         
          - Uau, 69 de cintura... ótimo. Boa relação quadril-cintura. Bem do jeito que a gente precisa.

          Anotou de novo. Não entendi direito, mas ela devia saber o que estava dizendo. Ela continuou:

          - Largura dos ombros... 48... busto... 70... coxas... (nossa), 60... altura e peso... 1,63 de altura e 60 kg. Perfeito.

          - Como você mediu minha altura e peso, só olhando para cima? Perguntei curioso.
          - Tem um sensor eletrônico no teto e o chão onde você está pisando tem uma plataforma por baixo do carpete que é uma balança eletrônica. Atrás de você tem um display que mostra essas medidas. Quando eu te soltar você vai poder ver.
          - Ok.
          - Bem, agora minha parte favorita. As medidas da sua kleitorida.
          - Do quê?
          - Ah, do seu piu-piu. É que aqui, a linguagem é meio assim mesmo, as líderes aqui têm mania de usar termos gregos pra tudo. Vai se acostumando.
          - Certo. - Como eu não entendia nada de grego, fingi aceitar.
          - Na verdade, eu vou medir bastante coisa daqui dos seus genitais, tá? Vou começar na verdade pelos testículos.
         
          Ela agarrou de leve o meu saco. Putz, cara, estava muito tesudo aquilo. Eu completamente nu, preso em uma pilastra, totalmente à mercê das mãozinhas jovens daquela gata, vestida em um micro-vestido daqueles... eu só queria que ela me soltasse para que eu fosse testado na minha capacidade ‘penetrativa’.

          - Muito bem... sua medida das bolinhas também é muito boa. 6 cm de comprimento por 3 cm de largura... bem simétricas... saco firme, grande, sem pelanca... ótimo. Vai dar uma ótima ancoragem.
          - Como assim? O que é isso? - Perguntei já babando de tesão com aquela massagem toda nas minhas bolas, mas também muito curioso com aqueles comentários “técnicos”.
          - Ah, você vai aprender isso em breve. Agora isso não é importante você saber... só saiba que aqui na mansão, o tamanho do seu saco é mais importante que o de seu kleitorida. Falando nele, vamos medir. Bom... ele não está lá muito durinho, me parece né?



          De fato, minha ereção deu uma retraída com aquele papo brochante de que o tamanho do meu pau é menos importante que o do meu saco. Fora que ela sempre se referia ao meu pau no diminutivo, durinho, molinho... porra, e eu tava gostando daquele lance de me tratar assim! 

          - Deixa eu dar uma ajudada.

          Puta que pariu... ela agarrou meu pau, e começou a chupar!! Cara! Aquilo era um sonho! Aquela boquinha quente e aqueles lábios carnudos começaram a sugar minha glande, enquanto a mãozinha dela punhetava de leve na base.... Eu gemi de prazer... e ela olhava pra cima, para os meus olhos, talvez para saber se eu estava gostando mesmo. 




Mas não durou muito. Depois que percebeu que meu pau voltou a ficar duro como rocha, ela deu um último chupão molhado que descolou da cabeça do meu pau com aquele ruído de beijo sugado. Tirou a mão também e pegou a fita pra medir, com o semblante sério, técnico:

- Muito bem, bom menino... ereto... 12 centímetros e... 7 milímetros da base ilíaca até a abertura da uretra. Glande exposta, circuncidado. Circunferência... 11 centímetros... que gracinha, bem pequenininho, né? Adorei...rsrsrs.
         
          Confesso que aquilo me deixou encabulado. Ela praticamente debochou do tamanho do meu pau duro. Tá, tudo bem, é pequeno mesmo, aceito. Mas nenhuma mulher nunca reclamou. Ela também não, para ela parecia ser algo positivo eu ser mal dotado. Mas não fiquei com raiva dela. De fato, é pequeno. Estranhamente, senti certo tesão com aquele comentário, ela terminou a frase com ‘adorei’. Não estava entendendo muito bem o tipo de avaliação que ela fazia, mas em breve eu iria entender tudo.

          - Agora vou precisar dele mole. Consegue controlar o tesão e deixar ele molinho pra mim?
          - Acho que não. Eu tô já há uns 15 dias sem saber o que é sexo. O tesão tá demais, isso é tudo muito inesperado pra mim.
          - Hum, entendo... bom saber que está há tanto tempo sem sexo... e você se masturbou nesse período, teve algum orgasmo?

          Nossa. Não esperava aquele tipo de pergunta.

          - Não, com essa correria de buscar emprego, preocupação com as contas... nem tive ânimo de bater uma. Por quê?
      - Ah, nada de mais. Essa informação pode ser valiosa para certos parâmetros mais pra frente, mas vamos focar na sua refração agora. Deixa ele mole, vai.
          - Não dá. Não tô conseguindo.
          - Certo, vou te ajudar então.
         
          Helena se levantou e abriu a porta de um pequeno frigobar. De lá, tirou duas bolsinhas plásticas de gel. Compressas geladas.
         
          - Com esse gelinho, acho que vai resolver. Com licença tá?
          Nossa, gemi de nervoso com o gelo abraçando meu pau e minhas bolas que estavam quentes de tanto tesão.
         
          - Vamos lá... tá quase... ta ficando molinho olha, rsrsrs... isso, bom menino... ok... acho que agora já ficou bem molinho. Vamos medir antes que você fique excitado de novo... bem rapidinho... 6 cm de comprimento... 9 cm de circunferência. Perfeito.
          - Acabou?
          - Sim, agora só vou anotar aqui a questão capilar... cabelos pretos, curtos, sem calvície. Barba... bem ralinha né, dá pra ver que só tem mais barba no queixo mesmo e na costeleta, bem lisinho seu rosto. Ótimo. Pelo corpo... no peito... pouco pelo. Barriga... lisa. Pernas... lisas. Você raspa os pelos para competir natação ou algo assim?
          - Não, eu sou assim mesmo, não tenho muitos pelos.
          - Ótimo. Vamos ver atrás, fica só um pouquinho de lado, consegue.
          - Acho que sim.
          - Isso. Bom, bem lisinho atrás, costas praticamente sem pelos. Olha, que tesão, sua bundinha é bem carnuda e lisinha, heim? Delícia.
         
          Porra, meu pau voltou a ficar duro de novo. Não estava entendendo muito bem. Eu era magro, baixinho, bundudo, liso, cintura fina, pau pequeno... e pra tudo isso, ela dava só avaliações positivas: “ótimo, perfeito, bom menino, que tesão”... que porra de teste para ser garoto de programa era aquele? Não era de se esperar que eu fosse tipo ator pornô, forte, peludo e pauzudo?

- Agora vem as perguntas. – Disse ela olhando o formulário digital.
- Ok. - Respondi já rendido à esquisitice daquilo tudo.
- Idade?
- Vinte e cinco.
- Você fuma?
- Não.
- Bebe?
- Às vezes.
- Profissão?
- Borracheiro, mas... não tem mais né...
- Tem alguma doença grave?
- Não.
- Já sofreu alguma cirurgia?
- Sim, fimose.
- Ah... claro, por isso seu pintinho é circuncidado né?

Pintinho? Porra, aquilo foi um soco no meu brio. Tá certo que é pequeno, mas não precisa humilhar né?

- Já teve quantas parceiras desde o início de sua vida sexual?
- Ah... deixa eu lembrar... Aline... Melissa... Débora... Ana Cláudia... Jaqueline... Andressa... e a Tati, minha ex. Sete ao todo.
- Uau, só isso. A menor quantidade até hoje, de todos os candidatos.
- Você já teve experiência sexuais com outro homem?
- Epa! Aí não heim. Sou macho.
- Calma, faz parte do formulário. Já teve o ânus penetrado de alguma forma?
- NÃO! Ô louco! Sai fora!
- Rsrsrsrs... calma, Franco... isso é importante. Ser virgem no bumbum é um atrativo a mais para as clientes...
- Como assim? Não entendi.
- Calma. Não se preocupa com isso, você vai entender.
- Ok... – respondi desconfiado.
- Essa reação é normal. Todos vocês reagem parecido, mas depois entendem de boa. Pratica sexo oral em mulheres?
- Tipo... chupando?
- Isso.
- Sim.
- Já fez sexo anal com uma mulher?
- Sim. Tive uma namorada que gostava.
- Você era o ativo?
- Ué, eu sou o homem, né... Claro!
- Rsrsrs... sim, claro... – respondeu meio cínica.
- De zero a dez, seu prazer ao penetrar uma bucetinha...
- DEZ!
- Chupar uma bucetinha...
- DEZ!
- Chupar um cuzinho...
- É... depende né.... se estiver bem limpinho, até vai, se ela gostar...
- Tudo bem, de zero a dez...
- Oito, vai...
- Ok... e de que fluidos você teria nojo de uma mulher, considerando que ela é extremamente atraente pra você... saliva?
- Não, tenho nojo de saliva não.
- Fluidos vaginais provocados por excitação dela...
- Nenhum nojo. Muito pelo contrário, adoro!
- Urina.
- Aí não né...
- Menstruação.
- Nem pensar!
- Fezes dela?
- Pô... tu tá me tirando?
          -Hahahaha... ok, Franco, é só isso. Doeu muito?
          - Porra... não, rsrsrs... como assim, doeu?
- Hahahahaha, a entrevista, rsrsrs... esquece, vou mandar a mensagem para a Madame Melina que eu terminei aqui com você.

          Helena clicou em um ícone em formato de microfone e começou a gravar:

     - Bom dia, Madame Melina. O candidato 27 já foi todo medido e entrevistado.

          Uma voz respondeu pelo ledskin, segundos depois:

          - Ok, atende aos parâmetros?
          ­- Sim, senhora. Nas medidas, a planilha deu nota 9.4. Quase perfeito. Na aceitação ao bondage, nota 9.2. Top. Capilar, 8.9, ele é bem lisinho.... Convicções, 8.6. Anatomia para aplicação da jaulinha Kelion, tirou 10! Nossa!... Capacidade de abstinência, razoável, recebeu um 7.4 pelos 15 dias. Aceitação de fluidos femininos, 6.5. Contato íntimo, 8.0. Saúde 9.0. Filhos, não tem. Esposa ou namorada, não. E para fechar com chave de ouro... é virgem! Pontuação final: 9.4

          Virgem, como assim? Eu não havia dito que já tinha comido mulher? Estranho.

          - Muito bom candidato, Helena. Parabéns. Você tem registro de algum outro tão bem pontuado assim, e que tenha sido iniciado ainda virgem?
          - Na maioria dos quesitos, não, senhora. Ele só tem mais barreiras de natureza preconceituosa, mas nos outros aspectos, ele arrebenta.

          Agora eu assustei: ‘que tenha sido recebido ainda virgem?’ Como assim, quer dizer que eu vou perder minha virgindade? Mas eu já transei, e disse isso na entrevista. Mas elas insistiam que eu era virgem...

          - Ótimo. Pode trazê-lo para a minha sala. Quero conhecê-lo.
          - Sim senhora. Vestido?
          - Não, pode mantê-lo assim. Gostei dele assim.
          - Sim senhora, Madame.

          Ela desligou o áudio e se voltou para mim com um largo sorriso, e me deu um abraço gostoso, toda cheirosa, comemorando:

          - Pronto, Franco, parabéns! Ela adorou você! Eu nunca ouvi ela falar assim sobre um candidato tão receptiva! Você foi o melhor até hoje. Você merece um beijinho! Vem cá!



         Helena me deu um selinho na boca, sorriu olhando bem nos meus olhos e disse:

          - Acho que tem tudo para ser o Átis da casa.
          - Átis? O que é isso?
          - Calma, você vai saber na hora certa. Estou na torcendo por você
         
          Enquanto ia soltando as fivelas das tiras de couro que prendiam meus pulsos às argolas da pilastra grega, Helena se aproximou do meu ouvido e falou bem baixinho, sussurrante:
          - Ela não gosta de ser contrariada. Concorde com tudo o que ela disser, e jamais a trate por ‘você’, sempre senhora ou madame, ok? Vai por mim, ela é um amor, mas se desagradá-la, ela vira uma fera...
         
          Aproveitei para curtir aquele perfume delicioso mais uma vez, assenti para ela e fui solto das correias por aquelas mãozinhas macias e quentes da minha monitora. Mas isso não foi o suficiente para minha ereção se manter. A sensação de que Madame Melina era uma mulher poderosa estava me intimidando de verdade, e meu amiguinho começou a murchar.

O quarto onde estava Madame Melina era todo em tons de vermelho, com várias traves, mesas acolchoadas, algemas, chicotes pendurados, e outros tipos de ferramentas assustadoras. Confesso que tremi na base. Aquilo parecia ser para torturar as pessoas. E logo eu iria descobrir que meu instinto (ou o instinto do meu pau) não estava tão enganado assim.




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