Capítulo 2 – Uma nova paixão
-
Miguelzinho... você ainda não percebeu que já me pertence? Não sabe que seu
corpo é a minha propriedade? – perguntou a dominadora ruiva, com aquele sotaque
típico de mulher carioca.
- Sim... senhora?
- Isso mesmo: ‘senhora’. Eu sou a sua
senhora. Ou não sou?
- Ah... claro... é sim. Sim,
senhora.
- E você? O que você é meu?
- Sua... propriedade?
- Isso. Meu escravo. Meu servo. Você
se entregou para mim. Lembra? Lembra que você ofereceu seu corpo como pagamento
pelo que você mais desejava?
- Lembro... lembro sim...
- Então... está mais que na hora de
colocar em prática a sua condição perante sua senhora. Ou seja, me servir. O
que sua senhora mais deseja?
- Obediência?
- Muito bem! Parece que aprendeu
direitinho..., mas penso que somente elogiar seu comportamento não tem sido o
suficiente. Você ainda se masturba o tempo todo, não é, Miguelzinho? Pode confessar...
- Ah... sim, senhora. Mas prometo
que vou parar. Quer dizer... vou tentar...parar.
-
Vai ‘tentar’? Você vai ‘tentar’ parar de bater punheta? É isso?
- Sim... quero dizer... acho que
consigo... senhora.
- Hahahahaha... Você é tão inocente,
Miguelzinho. Não prometa aquilo que você sabe que não pode cumprir! O meu olho
místico sempre vai estar vigiando você. Você não é capaz de manter essa sua mão
safada longe desse seu toquinho de carne minúsculo que fica entre suas pernas!
Você é um menininho safado que merece ser corrigido e educado. Pode tirar sua
roupa e se deitar de bruços aqui no meu colo. Agora!
- Como? – perguntou Miguel, ainda tentando
entender o que ela quisera dizer com ‘olho místico’.
- Se eu tiver que repetir minha
ordem, seu castigo será duplicado. Vai ignorar minha ordem?
- Não! Não, senhora.
- Isso, tira tudo... a cueca também!
Agora deita aqui, no meu colinho gostoso. Minhas coxas são macias, quentinhas e
lisinhas. Você vai gostar. Vou aplicar um castigo adequado. Você precisa ser reeducado
pela sua senhora. Preciso te colocar na linha. Ah, esse seu bilauzinho durinho
aí, pode encaixar ele bem direitinho aqui entre as minhas coxas. Quero que ele
fique roçando macio entre elas enquanto você recebe o seu castigo. Quero que
você sinta prazer em ser educado pela sua senhora. Não apenas dor. Entendeu?
- Sim, senhora.
- Muito bem. Deita. Isso. Encaixa o
pintinho aqui. Hum, bem gostoso, né?
- Muito... muito gostoso, senhora...
-
Eu sei que é... minhas coxas são macias e quentinhas?
- Sim... senhora... aahh – gemeu baixinho
de prazer.
- Agora, empina bem esse rabinho pra mim.
Quero sua bundinha bem exposta. Isso. A cada palmada minha, quero ouvir a sua
contagem e seu agradecimento. Fui clara?
- Sim... senhora.
- Ok... vamos lá, então. Lá vai sua
primeira palmada...<PAF!>
***
Miguel acordou em um sobressalto,
levantando-se assustado da poltrona do ônibus no qual embarcara para sua viagem
rumo a Três Marias, uma cidade do interior de Minas Gerais. Aquele sonho o fizera
suar de desejo e aflição. Aquela mesma mulher, ruiva e dominadora, do vídeo que
assistira naquela tarde, era a que falava com ele no sonho. Ela o chamava
carinhosamente de ‘Miguelzinho’ e tinha um magnetismo irresistível. Algo quase
sobrenatural. O poder da atração que aquela mulher exercia sobre ele no sonho
se traduziu em uma certa umidade dentro de sua cueca. Miguel percebeu que havia
ejaculado espontaneamente durante o sonho. Mas como estava em um ônibus, pleno
de passageiros, não havia condições de levantar o elástico de sua calça moletom
para conferir. Ainda mais porque do seu lado, estava uma senhora idosa sentada.
E acordada.
Miguel lamentava consigo mesmo, em
silêncio, que naquela mesma tarde, ainda havia tentado, após almoçar, reabrir o
site e continuar assistindo o tal vídeo de onde havia parado. Mas para o
seu desespero, o vídeo não estava mais entre os aleatórios recomendados do dia.
Pensou em digitar alguma palavra chave na busca, mas sem sucesso. Tentou “dominadora”,
“ruiva”, “castigo”, “castidade”, “palmadas”, “escravo” e nada. Até achou alguns
outros vídeos que tinham o mesmo teor, ou seja, mulheres dominando homens, mas
nenhum chegava perto do magnetismo daquele vídeo específico. Miguel morria de
raiva por não ter salvo aquele vídeo em alguma playlist ou ao menos
memorizado seu título.
- Nossa Senhora! Você se machucou?
Uma outra voz feminina, desta vez mais
aguda, doce e suave, se aproximou dele enquanto tentava se erguer do chão,
envergonhado. Até que sentiu o toque macio e sedoso de uma das mãos daquela
moça em seu ombro. Ainda estava constrangido em ter que vê-la nua, então mantinha
corajosamente o olhar voltado para o chão. Até que ouviu:
- Mar...
Martinha?
-
Sou eu mesma, rsrsrs... sou sua prima, acho. Distante, mas... prima, né? –
Disse meio sem graça, ao perceber que Miguel havia se abalado ao vê-la.
-
Éh... sim, somos primos de terceiro grau, né... eu acho, rsrsrs – respondeu
ainda tentando se recompor do tombo.
- Não sei, acho que sim, rsrsrs.
Você está bem?
- Estou sim. Não foi nada. Prazer em
conhecê-la – disse Miguel, superando seu constrangimento e estendendo a mão
para ser apertada por Martinha.
- O prazer é meu – ela correspondeu
ao cumprimento e estendeu o rosto, para uma troca de beijos no rosto, como de costume.
- Não vamos até lá? – Interrompeu Martinha.
- Onde? Vamos aonde?
- Pra casa, uai! Acabei de
perguntar. Você não ouviu?
- Ah... sim! Claro! Vamos –
respondeu encabulado soltando a mão dela.
Miguel estava tão encantado com os
olhos lindos de sua prima que nem conseguira prestar atenção no que ela dizia. Ela
o convidava para irem logo para a casa de Madalena sua mãe, que havia preparado
um caprichado café da manhã colonial para receber o jovem visitante. Mas
nenhuma dessas informações foram captadas pelo hipnotizado jovem. Encabulado,
pôs-se ao lado de Martinha, seguindo-a, ao passo que se viraram e começaram a
caminhar em direção ao estacionamento.
- Fez boa viagem? – Martinha tomou a
iniciativa de quebrar o silêncio constrangedor.
- Fiz sim. De São Paulo para cá
demora bastante, né? Dormi várias vezes, mas não é um sono, digamos...
reparador.
- Verdade, não dá mesmo pra
descansar. Mas aqui você vai ter tempo de sobra pra descansar... não temos nada
de tão atrativo como na cidade grande, hahahaha...
- Oi? Quem?
- Uai! Você é surdo, menino?
Rsrsrsrs... perguntei como está minha prima. Maria. Sua mãe.
- Ah, claro! Sim, ela está bem!
Graças a Deus.
- Acho que cê tá
cansado mesmo. Só pode, rsrsrsrs... tá tão distraído.
- Puxa, estou mesmo. Desculpe.
- Tudo bem, eu entendo. Minha mãe
preparou um quarto pra você descansar. Uma cama de casal só pra você, bem
gostosa.
- Poxa, que bom! Vou agradecê-la por
isso.
- Pode passar – disse em tom cavalheiresco,
indo logo atrás dela.
- Que ótimo! Agradeço muito pela
hospitalidade. Aposto que vou gostar muito da casa e do quarto.
- Vai sim... rsrsrsrs
- Minha mãe me contou sobre uma
preocupação com um tal de estuprador que estava rondando a região. Como é isso?
- Ah, isso é cisma da minha mãe. Não
tem nada disso. Ela ouviu boatos e leva essas coisas muito a sério. Mas não
posso negar que sua presença conosco traz mais tranquilidade. Pra mim também,
claro.
- É sim. Fica longe da cidade e a
vizinhança não é nada próxima. O único vizinho mais próximo é meu tio,
Bartimeu, que mora sozinho no sítio do lado. Mas ele vai ficar uns vinte dias
fora. Viajando.
- Entendi. Podem ficar tranquilas
que eu não vou deixar que nada aconteça com vocês.
- Nossa, que bom. Fico mais
tranquila assim.
- Temos umas cachoeiras próximas ao
sítio. Cachoeira das Abelhas, Forquilha. Acho que você vai gostar de conhecer.
Se estivéssemos no verão seria melhor, mas mesmo assim tem dia que faz mais
calor.
- Claro, vou adorar conhecer. Você
me leva?
- Sim, claro que eu te levo, uai!
Aquele sotaque de mineirinha estava o enlouquecendo. Ouvir que ela o levaria para cachoeiras, sozinhos, começou a criar fantasias em sua cabeça. Imaginou Martinha usando aquele bikini cavadinho toda molhada de cachoeira...
- Chegamos. Só não repara a sujeira, tá. É
carro de roça.
***
Os primos de terceiro grau vieram
conversando sobre trivialidades no caminho até o sítio. Notícias de parentes em
comum, estudos e atividades do dia-a-dia. Em nenhum momento, contudo, Miguel
conseguiu uma brecha para saber se Martinha tinha namorado. Nos dedos dela,
pelo menos, nenhuma aliança havia. Para ele que já imaginava estar apaixonado,
era um bom sinal. Mas tentava convencer a si mesmo que haveria tempo para que
descobrisse. Afinal, ficaria hospedado na casa dela por três semanas. Até que,
depois de sentir que o gelo inicial já havia se quebrado, resolveu perguntar:
- Estranha? Como assim? Uma mulher?
- Isso! Tinha uma mulher, digamos...
muito desarrumada para estar em... público?
- Desarrumada? Não entendi.
- Chegamos. Não repara, viu? Nossa
casa é bem modesta.
- Uau! Eu sempre vejo casas assim
nas novelas – quis ser agradável, mas de fato a casa era bem modesta. Mas
tipicamente de fazenda do interior do Brasil.
Miguel se deparou com uma casa do
tipo colonial, com portas grandes de madeira e janelas grandes. Típica
arquitetura da primeira metade do século XX. As paredes não estavam bem
pintadas. Havia um forte desgaste, revelando a nudez do reboco antigo. Na
frente, uma varanda de tamanho razoável, cercada por colunas pintadas de
vermelho. No fundo e ao seu lado mais a leste, havia um pequeno bosque de
palmeiras e amendoeiras. Do seu lado mais a oeste, um descampado descia em um
suave declive, que se estendia por uma pastagem pequena, de uns cem metros de
comprimento por uns sessenta de largura, na qual havia uns cinco ou seis bois e
vacas. No limite oeste do sítio, dava para ver um pequeno curral, uma pocilga e
um galinheiro. Ao desembarcarem, Miguel podia sentir o cheiro de café e bolo
recém assado, exalando do interior da sala de estar. Ao mesmo tempo, o odor
desagradável de porcos se misturava no ambiente, dando aquela sensação única de
quem chegou no interior.
- Oi filha. Pede para o Miguel
esperar um pouco aí na sala e vem aqui me ajudar com uma coisa – veio a
resposta do fundo da casa.
- Certo. Espera só um pouco tá? Pode
se sentar. Já volto. – pediu Martinha.
- Ah, claro. Sem problema –
respondeu Miguel, sentando-se em um dos sofás aconchegantes.
- Vamos – chamou Martinha ao surgir
pela porta.
- Que ótimo! Você deve estar
morrendo de fome. Vamos nos sentar, por favor, está tudo pronto para o café.
Miguel esfregou bem os olhos e olhou
novamente para Martinha. Dessa vez, ela estava com seu semblante normal:
- É.. não, nenhum – respondeu se
recompondo do susto. Mais uma ilusão, seria?
- Pode se servir, por favor, fique à
vontade – disse Madalena de onde estava, do outro lado da cozinha.
Miguel virou o rosto rapidamente, encabulado pelo ato estranho da prima de sua mãe que mal conhecia. Olhou novamente para Martinha, no instinto de saber se ela havia percebido que ele acabara de olhar para a bunda nua de sua mãe. Porém, Martinha já se encontrava distraída cortando um dos pães. Miguel percebeu que nenhuma das duas havia percebido que ele se assustara mais uma vez.
- E o que mais você gosta de fazer?
– perguntou a “tia”, Madalena.
- Faz sentido, mãe. Ele é de TI.
Deve respirar computador.
- Ah, mas não tem amigos? Não sai de
noite, no fim de semana?
Miguel ficou constrangido com a pergunta. Diante daquela gata, Martinha, não queria admitir que era um cara totalmente alheio aos costumes da juventude.
- Ah, mas aqui nós vamos sair! Se
prepara. Não é uma cidade badalada, cheia de opções, mas tenho umas amigas que
posso te apresentar. Você trouxe roupa de sair naquela sua mala né?
- Ah, sim... trouxe sim.
- Ótimo.
- Claro! Vamos sim.
- Aqui é o banheiro – apontou ela,
percebendo que ele olhava para sua bunda enquanto passavam pelo corredor da
casa.
- Ah, sim. – respondeu sem graça,
achando que ela não havia percebido seus olhares indiscretos.
Ela prosseguiu até o fim do corredor. Ele, indo atrás dela, voltou a fixar os olhos naquelas nádegas perfeitas, enquanto ouvia os “tocs” dos saltos das botas de Martinha se chocando contra o assoalho de madeira. De repente, ela se virou rápido para ele, como se quisesse o surpreender no ato da encarada em sua bunda.
- Não... não entendo. Como assim,
Martinha?
Martinha (ou fosse lá o que era aquele ser que a substituira repentinamente), começou a se aproximar vagarosamente de Miguel. Caminhando sensualmente, aproximou o rosto do dele, que esperava sem conseguir se mexer, como se uma força sobrenatural o aprisionasse no lugar. Como que num passe de mágica, a roupa de Martinha desapareceu de seu corpo! Ela estava, repentinamente nua, como na rodoviária. Começou, então, a tocar levemente o pescoço de Miguel com as duas mãos, acariciando sob as orelhas e causando ainda mais arrepios.
Aproximou ainda mais seu rosto e chegou com a boca até o ouvido esquerdo, sussurrando:
Miguel não sabia se sentia medo ou tesão. A tentação era extremamente forte para ele, mero adolescente cheio de hormônios resistir. De qualquer forma, sua resposta estava duplamente direcionada a ceder:
- Sim... – respondeu engolindo seco.
- Ótimo. Só que você ainda está
muito cansado. Precisa dormir um pouco – disse, aproximando os lábios dos de
Miguel.
Ao seu lado, estava a mala sobre uma
cadeira de madeira. Olhou no relógio antigo na parede que apontava que eram
meio dia. No quarto, só havia a cama de casal, uma cômoda velha de maderia, sobre a qual havia várias pequenas estátuas de santos católicos, um guarda-roupas também de madeira envelhecida e a cadeira.
- Você está cansado mesmo. Dormiu
daquela hora até agora, rsrsrsrs...
- Ah, sim. Preciso me vestir.
- Ah, certo, não sabia que estava
sem roupa. Preciso te mostrar uma coisa que você não vai querer perder. Quer que
eu te mostre?
- Ah... quero sim. O que é? – perguntou
ainda associando à visão que tivera de manhã mais cedo antes de apagar.
- Ah, é surpresa. Aposto que você
vai gostar. Vou pra sala. Daí você se veste e vem que eu te levo lá.
- Ah, ok.
- Tenho certeza que você nunca viu
nada igual. Aposto que você vai ficar apaixonado.
Índice com todos os capítulos: 📄
Amei .já estou ansiosa pra ler a continuação.
ResponderExcluirMuito bom, Squal. Já quero saber o que o destino reserva para o
ResponderExcluirmiguelzinho kkkk abraços!
Muito bom, espero que a continuação saia logo
ResponderExcluirSimplesmente fantástico! Obrigado por nos presentear com mais uma bela obra, Squal. Aguardando a continuação
ResponderExcluirObrigado pelo incentivo amigos!
ResponderExcluir