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14 de setembro de 2014

Novos Manuais - CASTIDADE MASCULINA, por Lucy Fairbourne #3.2

E aêeee?!

Nessa continuação do Capítulo 3, Domme Lucy aborda como a mulher keyholder pode lidar com seu homem completamente entregue a ela pelo poder da castidade masculina, inclusive dando dicas de alguns joguinhos eróticos.

A melhor parte do livro até agora!

Bom proveito!


Capítulo 3 - Parte 2


Controle da Ejaculação

        Quando um homem saudável tem seu orgasmo negado durante um período significativo, e em seguida, é solto da castidade e autorizado a ter relações sexuais ou se masturbar, é preciso muito pouco estímulo para trazê-lo até o ponto de quase-gozo, e muito pouco mais para fazê-lo passar desse ponto e explodir em um gozo abundante. Mesmo que ele não sofra com a ejaculação precoce, o período em castidade pode torna-lo tão excitável - e tão explosivo - como ele estava na noite em que perdeu a virgindade. É claro, não há nenhuma razão para você não ter recebido uma boa dose de satisfação sexual plena antes de soltá-lo - por meio da boca dele ou de qualquer outra forma de te dar prazer - nesse meio tempo. É até aconselhável, porque há uma boa chance de que o primeiro orgasmo que você permitir a ele virá muito rapidamente, especialmente se você permitir que ele tenha o orgasmo penetrando você. E você pode nem sequer a iniciar seu caminho rumo ao seu orgasmo quando ele já estiver te inundando com o gozo dele.






Ao invés de ver isto como um problema, você pode olhar para isto como uma oportunidade. Se o seu homem tem tanta energia sexual reprimida que ele não pode seque controlar a si mesmo, é muito pouco provável que gaste toda essa energia com uma única ejaculação. O tempo de recuperação de um homem (o chamado período refratário) depende de muitos fatores, incluindo sua idade e saúde, mas você pode ter certeza de que a castidade irá reduzir esse prazo para o mínimo. Dentro de poucos minutos, ou talvez algumas horas, ou no máximo, na manhã seguinte, ele provavelmente vai estar pronto para o serviço mais uma vez.
Se você achar que ele está gozando muito rápido logo após ser solto, lembre-se que há muitas maneiras para que você dê a ele, ou permita que ele tenha um orgasmo. Você pode achar que será melhor prorrogar o clímax dele, até que ele se acalme um pouco e, portanto, seja capaz de oferecer-lhe atenção sexual por completo pelo o tempo que você deseja. Nem precisa dizer que você não tem obrigação de permitir a relação sexual a menos que você deseje. Você pode ter o seu homem regularmente, ou reservar o sexo com penetração para um deleite ocasional – isso é sua decisão. Depende de seus desejos, como keyholder do seu homem, e sobre o que funciona para vocês como um casal.
Algumas keyholders se deliciam com um dispositivo chamado strap-on. Este é, essencialmente, um vibrador que se conecta ao dispositivo de castidade do homem, ou a uma cinta que envolve os quadris, para permitir uma forma de fazer amor que imita a relação sexual, eliminando qualquer risco de um término precoce do sexo com a ejaculação explosiva e rápida do casto. O strap-on (N.T. conhecido também como cinta-pica) também elimina qualquer estimulação peniana direta para o homem; o objetivo é permitir que a portadora da chave desfrute de seu homem o quanto ela deseja, sem a necessidade de libertá-lo da castidade. Essa prática pode parecer cruel. Mas eu entendo que ela proporciona uma fortíssima e única (para não mencionar alucinante) experiência para um homem submisso.




Mantendo a Chave

        Como dona da castidade de seu homem, você pode optar por manter a chave com você o tempo todo, talvez pendurada como um pingente em um colar, ou numa pulseira, ou ainda, uma tornozeleira, dessas tipo correntinha. Dessa forma, você vai garantir que a chave esteja sempre em contato físico com você, de forma que seu homem não terá a chance de tomá-la sem que você perceba.

  



        Como opção, você pode manter a chave em um lugar que o seu homem não será capaz de ter acesso. Talvez escondida, talvez trancada por outros meios (em uma caixa trancada por um cadeado, por exemplo). Esta forma tem a vantagem de que a chave jamais será perdida (se for necessário por algum motivo, é só quebrar a caixa). Porém, você perderá no quesito “demonstração de autoridade”, ou seja, o seu poder erótico que a visão que ele tem da chave, sempre exibida junto a você, exerce sobre ele.
       

Administrando a Libido Dele

        Para muitas keyholders, saber e decidir o quanto tempo o homem vai ser mantido trancado é a mais interessante, frustrante ou intrigante (escolha seu adjetivo) questão sobre a castidade masculina. Considerando todo o assunto em relação aos cuidados com a saúde de seu homem (como já foi descrito neste manual), a frequência com que você vai abrir o cadeado, e a frequência com que você vai permitir que ele tenha orgasmos, cabe a você. Tenha sempre em mente as suas necessidades e seus desejos, e então observe o efeito disso sobre ele. Recorra aos resultados do diário de castidade (exercício 2) que ele escreveu para lembrar como a negação contínua afetou tanto a libido quanto a frustração dele.
        Com um homem submisso (em outras palavras, um que seja o que pediu para que você seja a keyholder dele, ou aceitou na hora e sem reservas, se foi você quem sugeriu a ideia), é melhor errar para o lado da menor frequência de soltura possível, do que para o oposto: grandes períodos de frustração são o que trata a castidade masculina. Pode parecer cruel, mas é isso o que ele realmente quer, mesmo que implore ao contrário.
        O fato de você negar o alívio sexual dele, não significa que VOCÊ tem que ficar sem sexo, ou diga e faça coisas sexualmente sugestivas com ele. Um homem que está em castidade vai tender a um alto grau de prazer e satisfação mental ao mergulhar em atividades sexuais que especificamente não providenciam a ele um orgasmo. Então, por que não fazê-lo focar nos SEUS orgasmos?
        Com um homem menos submisso (em outras palavras, um que você teve que persuadir e seduzir muito para aceitar experimentar a castidade e deixar que você fosse a keyholder dele, de forma relutante e condicional), você deve ser um pouco mais cuidadosa; você não vai querer deixa-lo trancado até o ponto de ele ficar ressentido, e parar de apreciar estar sob seu controle sexual. Mas não quer dizer que você deve dar-lhe um orgasmo sempre que ele quiser! Senão, não é castidade masculina. Felizmente, você tem outras formas de motivá-lo e encorajá-lo. Para um homem que é de certa forma submisso, ser premiado com a permissão de satisfazer sua amante já é a sua recompensa. Você pode intensificar essa recompensa, mostrando a ele o quanto você aprecia e adora o serviço que ele te tem prestado, e o quanto você valoriza e se diverte com o efeito da castidade sobre ele. O maior motivador que você tem a sua disposição é ser pra ele uma mulher bem sexual – para mostrar a ele que você está correspondendo sexualmente à situação dele, e que a castidade dele favorece você e te deixa excitada. Isso pode significar permitir que ele a sirva sexualmente, ou sujeita-lo a uma longa sessão de tease and denial (provocação e negação). Ou ainda, podem ser simples carícias, ou o sussurro de quem é a única que pode gozar (ou que ele é o único que não pode), enquanto você promove um visual extremamente provocante da chave pendulando enquanto segura o seu colar bem à frente dele.





        A capacidade que um homem tem de incitar ou estimular sexualmente sua mulher, faz parte do mais íntimo e secreto desejo do coração dele. Se ele pode ser persuadido pela mídia a usar remédios caros ou bombas na esperança de se tornar um amante mais desejável, por que não um cinto de castidade, pelo qual ele poderá testemunhar os resultados por si mesmo?
        Então, você tem muitas opções de recompensas para oferecer a ele (sem considerar ainda a maior delas que seria o orgasmo) de forma a administrar o furor sexual dele, mantendo-o psicologicamente – senão fisicamente – satisfeito.
        Todo homem tem sua libido particular e única, e cada homem irá responder à frustração da castidade masculina de uma forma diferente. Negado o alívio sexual de um orgasmo, sua libido sobe à medida que ele fica mais excitado e sua necessidade desse alívio se torna mais urgente.
        Eventualmente, essa libido atingirá um platô: mantê-lo trancado por um tempo ainda maior, provocará um efeito adicional (pense no efeito psicológico em demonstrar seu poder erótico sobre ele; obviamente, o tesão de um dia é bem diferente do “insuportável” tesão de uma semana inteira). Alguns homens castos vão preferir a primeira opção, outros a segunda, e alguns (os realmente submissos) vão preferir que você escolha pra eles, qual seja o período de negação.
        Como keyholder, você precisa de alguma forma estimar e entender o efeito que a castidade provoca no seu homem. Se você quer frustrá-lo além dos limites dele, como saberá que está fazendo isso se não souber quais são esses limites? E se você quer recompensá-lo por satisfazer você, como escolher a recompensa mais apropriada, se você ao menos não possuir uma ideia se a necessidade submissa dele em ser mantido trancado supera a necessidade dele por um orgasmo? Para alguns homens, o mais poderoso presente que você pode oferecer será recusar destrancá-lo, e mais ainda se der a ele a oportunidade (ou ordem) de servir você de alguma forma.
        Isto nos leva de volta mais uma vez ao diário de castidade que ele fez no início, quando vocês estavam planejando tudo isso juntos. Os registros que ele fez, somados com as observações que você fez dele, e com o diálogo sobre tudo isso, vão te dar a noção de como a libido dele, e a frustração, vão subir ou decrescer.
        Claro, você não tem que soltá-lo só porque ele está extremamente frustrado. As únicas coisas que você DEVE se certificar é que ele esteja em segurança, saudável e higienizado. Entendo a resposta dele ao fato de estar em castidade é somente um fator que pode ajudar em sua decisão final sobre SE e QUANDO liberá-lo e/ou permitir-lhe um orgasmo.
        Quando você decidir consentir em que ele tenha uma oportunidade de ser solto, e de ter um alívio, como você pode promover isso? Como keyholder, você provavelmente se achará intitulada a leva-lo à cama, destrancá-lo e fazer tudo o que te dá prazer com ele – e por que você não deveria fazer isso? Sem dúvida, seu homem submisso irá apreciar ser “usado” por você de uma forma espontânea e dominante.
        Se você prefere algumas alternativas mais variadas ou divertidas, aqui estão algumas sugestões. Sinta-se livre para usá-las ou inventar as suas próprias:


1)   Jogo com Dominação Feminina

        Nesse cenário, vocês escolhem qualquer jogo que ambos gostem e tornam-no erótico. Desafie seu homem a jogar, deixando-o saber que se ele ganhar, ele terá direito a receber uma sessão de teasing and denial. Se ele vencer o jogo três vezes seguidas, ele terá direito a um orgasmo.
Se ele perder, ele será mantido em castidade, e você será a única que poderá ter satisfação sexual. Se ele perder três seguidas, ele ficará trancado por, no mínimo, mais cinco (ou mais) dias.
Eu dei alguns exemplos aqui, mas as regras, recompensas, penalidades, e detalhes para o SEU jogo, estão inteiramente sob SUA vontade. Em essência, vocês podem jogar qualquer jogo que seja razoavelmente rápido de jogar, e que te dê condições de ter um placar para ganhos e perdas. Qualquer jogo desse estilo pode ser adaptado para ser usado dessa forma.
Se ele se tornar um vencedor que se gaba da vitória, ou um mal perdedor, que reluta em aceitar a derrota, tenho certeza que você pensará em uma boa forma de penalizá-lo por isso.






2)   Troca (in)Justa

Nesse cenário, você informa ao seu homem a meta de orgamos que você requer, em outras palavras, quantos orgasmos ele deve te proporcionar para que ele possa ter o dele. Comece com uma meta razoável, e não se acanhe de aumentar se achar necessário.
Durante um clímax alucinante, seria perfeitamente compreensível para qualquer mulher perder a conta. E se isso acontecer com você, tudo bem; você sempre pode reduzir um pouco a contagem para uma quantidade segura de orgasmos que ele já te deu, ou até mesmo recomeçar a contagem do zero, de novo.
Note que algumas pessoas considerariam isso injusto de fazer duas vezes numa mesma sessão.






3)  Recompensa e Punição

Este cenário envolve uma prática mais “hard-core” de jogos de castidade, e pode ser usado se você e seu homem concordam em aumentar a abrangência e o impacto da castidade dele, levando-a para além da cama.
A ideia é que a keyholder monitore a performance de seu homem nas áreas que ela considera importantes (lembra daquelas três listas que você fez lá atrás? Agora é hora de realmente usá-las)
Se ele satisfizer sua(s) expectativa(s) – te dando massagens e orgasmos, fazendo tarefas domésticas, aprontando as crianças para a escola, ou preenchendo qualquer dos seus desejos declarados ou não por você – então você o dá um ponto de recompensa.
Se ele não satisfaz você – recusando-se a fazer as tarefas da casa, chegando tarde do trabalho sem avisar, ou demonstrando ressentimento por estar em castidade pra mais tempo, por exemplo, - então você dá a ele um ponto de penalidade.
Quando você determinar que pode ser a hora de libertá-lo, compare os pontos de recompensa/penalidade e decida se ele obterá o direito.
Dependendo do quão exigente você queira ser, você pode determinar que se os pontos de recompensa superarem os de penalidade, então ele poderá ter um orgasmo. Ou você pode querer que os de recompensa sejam pelo menos o dobro do de penalidade. Ou ainda, para gozar, ele terá que ter no mínimo 100 pontos de recompensa e não mais que 10 pontos de penalidade. As variações possíveis são infinitas, e os detalhes VOCÊ é quem estabelece.
        De vez em quando, você pode ainda ajustar a meta de bônus/penalidade gradualmente, de forma a manter as coisas desafiadoras para o seu homem.








       
***

        Caso você use um ou outro dos esquemas acima, ou invente o seu próprio, nunca permita que seu homem desenvolva a crença de que ele está intitulado a ser solto. As primeiras vezes em que ele conquistar as exigências para ganhar uma abertura de seu cadeado, permita isso, mas em algum momento (e antes que ele tenha a chance de se tornar acostumado com a rotina) diga a ele que você mudou de ideia: desta vez, ele não vai ser solto de jeito nenhum.
        Você não estará trapaceando ao fazer isso. Ao invés disso, você estará “reestabelecendo as regras”. O mais importante é que você esteja sempre no controle. Não importa o quão intensamente ele ache que mereça um orgasmo, você ainda tem toda a autoridade de negá-lo caso deseje, por qualquer razão, sem ter que explicar o porquê.
        Se ele protestar, você tem uma ótima ferramenta às mãos: ele estará perdendo qualquer chance de receber o que ele penas que conquistou (pontos de recompensa, por exemplo) e terá que esperar ainda mais pelo orgasmo. Tal resposta, vai mais do que silenciar qualquer maior argumento dele, e se não o fizer – bem, ele está fazendo as coisas ficarem piores para ele mesmo.
        Para um homem que realmente abraçou a castidade masculina, se submetendo a você, e ficando trancado por você, a parcialidade e ‘injustiça’ das suas decisões vão deixa-lo ainda com mais tesão.





Recolocando a gaiola

        Imediatamente após o homem ter um orgasmo, sua libido cai vertiginosamente. Considerando que esta é a mesma libido que o estimulou a querer ficar em castidade, talvez você encontre alguma relutância ou até mesmo resistência à ideia de ser trancado outra vez. Se você e ele levam a sério a Castidade Masculina, então isto não é uma coisa que você deve permitir. Se você não se impuser sobre ele nesse momento, por assim dizer, então a decisão de QUANDO e SE ele vai recolocar o dispositivo será tomada das suas mãos e colocada sobre as dele.
        Se você decidir abordar dessa forma, deixando a critério dele, então você pode estar tornando a castidade dele em um jogo erótico ocasional, um que é iniciado por ele e controlado por você até o ponto em que ele é solto. Tudo bem se decidirem assim. São livres.
Para casais que levam a fantasia da castidade masculina como seu estilo de vida íntima, isto pode ser um compromisso satisfatório e muito excitante – e se vocês decidem que realmente gostam da prática prazerosa da castidade, vocês vão acabar gradualmente levando as coisas cada vez mais longe.





De outra forma, se a sua praia é fazer da castidade masculina algo mais como um jogo a ser jogado na cama ocasionalmente, então, você deve se certificar que ele vai devolver o dispositivo ao seu comando. Você pode escolher permitir que ele fique um tempo solto se você desejar, mas quando você decidir trancá-lo de novo, então ele deverá ser trancado.
Como você e ele podem lidar com isso, se o estado-mental-pós-orgásmico dele o deixa relutante em se deixar ser trancado de imediato? Dada a grande chance que ele seja fisicamente mais forte que você, você dificilmente conseguirá recoloca-lo à força, e bem provável que talvez nem queira fazer isso.
Aqui há algumas possibilidades:


  •         Se ele é submisso e esclarecido sobre o que ele realmente precisa, então ele pode muito bem ser capaz de colocar seus sentimentos imediatos de lado, e aceitar ser retrancado voluntariamente. Se for assim, então não há problema: você apenas o tranca de novo assim que você se sentir pronta pra isso.
  •        Se a castidade é importante pra ele, mas ele está relutante em aceitar ser retrancado simplesmente porque ele não está excitado o momento, você pode coagi-lo. Ele sabe que ele QUER a própria castidade. Diga a ele que você não vai jogar mais a castidade masculina a não ser que seja da SUA maneira. E isso significa que ele deve ser trancado AGORA!
  •         Algumas mulheres, quando encaram um amante que tem um problema real em aceitar o dispositivo quando ele não está excitado, enquanto ainda deseja genuinamente ser trancado em outros momentos, recorrem a prendê-lo com algemas enquanto ele está fora da gaiola de castidade. O único jeito de ele ficar livre das algemas é se ele for trancado em castidade novamente.

É óbvio que um homem que realmente se opõe a ficar em castidade, pode sempre se auto-libertar usando a chave que você tem guardada para emergências. Ele pode inclusive usar ferramentas para remover o cadeado ou até quebrar o dispositivo. Resumindo, não há condição (e nem uma possível justificação) em uma mulher tentar manter seu homem em castidade se ele realmente não quer.
Similarmente, se ele encontrar meios de trapacear (usando a chave de emergência por exemplo) então, não há razão em você fazer o esforço de mantê-lo em castidade, como uma importante parte de sua vida sexual: se ele não joga pelas regras, por que você deveria jogar o jogo então?

Fim do Capítulo 3

Um comentário:

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